segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Playing God




Deu n’o Estadão


Cientistas querem recriar raça extinta de boi gigante


De Milão para a BBC Brasil - Cientistas italianos querem criar um animal semelhante ao Auroque, um boi primitivo que media dois metros de altura, pesava quase uma tonelada e tinha chifres de 1,40 metro de comprimento.


Essa espécie de boi gigante, o Bos primigenius, também conhecido como Uro, surgiu no norte da Índia há dois milhões de anos. Ela foi declarada extinta em 1627, quando a última fêmea morreu nas florestas da Polônia.


Os italianos crêem que, por ser muito resistente a condições adversas como frio, calor e pouca oferta de alimento, o Auroque pode ser muito útil para a humanidade em tempos de aquecimento global.


Para "ressuscitar" o animal, os cientistas do Consórcio para a Experimentação, Divulgação e Aplicação de Biotecnologia Inovadora de Benevento, no Sul da Itália, pretendem cruzar três raças de bois similares ao Auroque até chegar a um exemplar com DNA quase igual ao dele.


A reconstrução de um DNA


As pesquisas com os fósseis do Auroque começaram em 1996. Depois de mapearem seu DNA a partir dos ossos, os cientistas identificaram quais raças atuais de bois mais se assemelham ao ancestral primitivo.


Os resultados dessa análise levaram a pesquisadora holandesa Henri Kerkdijk, do instituto Stiching Tauros, que também participa do projeto, a propor o cruzamento entre três raças: a italiana Maremmano Primitivo, a escocesa Scottish Highland e a espanhola Pajuna.


Os cientistas italianos estão agora contando os dias para o nascimento do primeiro exemplar gerado a partir do cruzamento das três raças. O bezerro deve nascer em fevereiro, na Holanda.


"Vamos reconstituir, passo a passo, a combinação genética do boi primitivo. Esse é um primeiro cruzamento de uma série. Esse animal recém-nascido vai nos dar material para usar em futuros cruzamentos", explicou Donato Matassino, diretor do Consórcio que encabeça o projeto.


(...)


Comentário – Por educação própria, eu me fio muito mais na ciência do que em crenças infundadas. A tal história do Credo quia absurdum (Creio porque é absurdo) não cola comigo. Mas a verdade é que de uns tempos pra cá (e verdade seja dita, o tal Jurassic Park ajudou com isso), a ciência anda tendo idéias sem contextualizá-las. Não sei se um boi de dois metros de altura na fauna européia teria um predador, alguém que o controlasse na natureza. É muito complicado os cientistas quererem “relançar” um novo animal que viveu em épocas muito passadas. É o tal perigo do homem se meter a querer reinventar. A idéia não é nada boa. Apenas uma criacionice que tem o intento de render dinheiro sem pensar em tantos outros fatores.

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