terça-feira, 31 de março de 2009

Parabéns pra quem?

Hoje, dia 31 de março é aniversário da Revolução de 1964, mesmo com o erro de datas já que ela se deu em 1º de Abril. Esta revolução é aquela mesma com fins “democráticos” que visava expurgar do país a ameaça vermelha do País. Ameaça esta que só existiu na cabeça dos macacos fardados, mas que em nome da democracia e pelo bem da Nação foi abatida dando lugar a democráticos vinte anos de opinião livre, desde que essa opinião não colidisse com o interesse das casernas.

Seja como for, é um fato histórico que marca uma das mais brutais épocas que o País já viveu. Época em que grandes pensadores foram sumidos, mortos, líderes foram assassinados ou sofriam acidentes “inexplicáveis”. Enfim, um período em que os representantes do povo vestiam fardas e governavam via atos institucionais. Democrático de tudo.

É contra esse absurdo que até hoje luta movimentos como o Tortura Nunca Mais, cuja batalha perdida maior foi a morte e a senilidade dos leais aplicadores da democracia, aqueles de argumentos um tanto heterodoxos, é verdade, pra fazer valer seus ideais. Esta ONG até hoje procura por criminosos que desapareceram nos democráticos porões do DOI-CODI e do DOPS, esses fazedores da vontade do povo.

Não é absurda a indignação da dona Elizabeth quanto às comemorações desta memoriável data por partes dos militares restantes. Surpreende, ainda, que essa turma decrépita de fardas não reconheça que sua democracia não era exatamente uma democracia. Nunca reconhecerão, pois todos são defensores da tirania que mandou no país durante a época. Incrível é que ainda eles acreditem que a falta de liberdade, as mortes, os desaparecimentos e as brutalidades cometida nesse período tenham sido um bem para o país e avoquem da história o julgamento que pese para o lado deles.

Sem dúvida que esta data deva ser lembrada, mas sem direito a festas ou comemorações. Se for assim, é direito de todos os alemães festejarem a ascensão de Hitler e a todos os espanhóis os genocídios na América. Episódios como este devem ser lembrados como contra exemplos. Esta turma que resta nos altos escalões das Forças Armadas deveria ser expurgado, pois eles já fizeram barbaridades demais neste país. E quem defende o errado, no fundo quer que ele volte ou desejava sua continuação.

Eis um vídeo interessante sobre o assunto, uma entrevista com os dois lados da moeda, tanto dona Elizabeth quanto o General Figueiredo, que certamente, deve ser daqueles que prefere o cheiro dos seus cavalos ao cheiro do povo.

Indo à página onde se hospeda o vídeo, nota-se que muita gente ainda realmente sabe o que é uma democracia. Tanto que abusam dela pra vomitarem debilidades.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Mico da semana


O troféu de Mico da Semana desta poderia muito bem ir pra Seleção depois do pífio joguinho de ontem contra o escrete equatoriano, que jogou muitíssimo bem e por falta de melhor competência não fez os gols necessários pra uma goleada acachapante. As chances mais efetivas encontraram o Júlio César, goleiro da Inter de Milão e da Globo, um produto da mídia que teve uma tarde de São Marcos.

Mas essa semana teve coisa pior. Não bastasse comemorar no Brasil os seus oitenta anos declarados (na verdade, todo mundo sabe que são 240, pra cima) numa festa brega com direito a poltrona com consolo cor de rosa (que foi roubado. Constrangedor, não?), a highlander Hebe Camargo consegue se superar na breguice e vai fazer a segunda parte da festa na Disney com uma rempa de convidados. Tudo pago por ela.

Ir pra Disney, pra começo de conversa, é coisa de adolescente de treze anos. O parque, meca das crianças endinheiradas dos Brasil na minha época, perdeu muito do seu encanto, primeiro porque há parques temáticos melhores. Segundo porque comemorar aniversário em parquinho é programa recusado por criança de dez anos hoje em dia, mas parece que a apresentadora resolveu procurar seu lado criança uma que vez que não achou o brinquedo roubado na sua festinha com gente do calibre de Roberto Carlos, Julio Iglesias e outros figurões.

Observe, outra vez, a foto da distinta senhora, pessoal, UMA MULHER DE OI TEN TA ANOS, brincando no carrossel. Uma coisa que eu sempre ouvi quando era mais novo é que pobre quando tem certas oportunidades não sabe se comportar. Se vai pra Disney, dava bafão, parecia que estava dominando o mundo. Eu nunca me levei muito por isso, porque a Disney, pra mim, nunca foi objeto de consumo (nem moleque), mas tenho que dar a mão a palmatória. É ISSO que eles chamam de elegância? É ESSA a mulher que é sinônimo de classe com suas jóias (que ela faz questão de ostentar)? Isso é classe? De boa, nem meu vizinho do fim da rua, se tivesse a oportunidade, pagaria uma vergonha dessas.

A verdade é a seguinte: Hebe Camargo amarga no SBT o completo ocaso de sua carreira que foi sustentada uma vida toda por socialaites desocupadas e pessoas ludibriadas pela suposta inteligência da mulher (sim, já ouvi isso). Isso lhe garantiu o amadrinhamento do Cansei, movimento social mais anti-social e excludente da história. Lógico, porque Hebe NUNCA soube o que é uma coisa chamada realidade. No seu mundo de jóias, os pobres só serviam pra lhe dar ibope. Por sorte, e ao contrário dela, infelizmente, seu público cativo está esmorecendo, diminuindo seja por desinteresse seja por avanço de anos. Hebe está cada vez mais numa geladeira de popularidade e pra sair dela, apela pra essas vergonhas sempre respaldada pelas Contigo e pelas Caras da vida, pra quem Hebe é um mito, um ícone da televisão brasileira. Pras pessoas com um pouco mais de consciência, ela não passa de uma malufista sem vergonha, preconceituosa e desprovida de qualquer talento que graças a um público estático e à amizade com Silvio Santos, que parece estar no fim. Pena. Uma mulher que se dá ao respeito não sai em fotos bancando tanto ridículo. Só espero com fé que, ao contrário da amiga de primário, Dercy Gonçalves, Hebe não prometa posar nua quando chegar aos cem (porque ela, como o finado Roberto Marinho – Doutor pras negas dele – é do tipo que fala “se eu morrer”). E isso não seria uma promessa. Mas sim uma ameaça.



Ah, como seria bom se esse tubarão fosse vivo...


domingo, 29 de março de 2009

Papelão

Acabou o jogo entre Brasil e Equador. Um empate de 1-1 injusto, uma vez que o time do Equador deveria ter ganho de pelo menos três gols. Faltou competência ao time equatoriano. Ao Brasil não faltou nada, pois só falta algo quando se tem, o que não é o caso.

A seleção brasileira está cada vez mais mostrando que seus principais titulares são jogadores indignos de jogar em qualquer equipe de porte mediano. Ronaldinho Gaúcho definitivamente acabou. É reserva no Milan e, certamente, não durará muito no time italiano. Robinho joga na seleção o mesmo futebol que acredita ser o de melhor do mundo e passa longe de ser o de melhor da rua. Elano, reserva no mesmo time de Robinho é outra nulidade. Lúcio não tem mais perna. Gilberto Silva nasceu, cresceu e morreu em 2002. Ou seja, grande parte da seleção é composta por jogadores medíocres ou de astros envilecidos ou decadentes.

O time equatoriano não é nenhum primor de técnica, mas compensa com raça e determinação, a mesma que garantiu duas vitórias em Quito nas edições passadas das Eliminatórias. Assim, jogando diante de sua torcida, os jogadores, que igual ao Brasil, jogam em sua maioria, suam sangue pra honrar a camisa. Fazer isso diante de um time apático e burocrático como a seleção brasileira fica muito mais fácil. Um pouco mais de pontaria e o Equador aplicaria uma goleada histórica.

E não há culpados. Nem a altitude, que os brasileiros tanto condenam, influenciou. Ela foi inimiga tanto dos equatorianos, quase todos atuantes fora dela, quanto dos brasileiros. O técnico? Talvez. Dunga não é um mau treinador. Tendo o material que tem à mão, escalado mais por influência da cúpula da CBF, o técnico tira mel de pedra. Já disse algumas vezes que o técnico Dunga nem de longe lembra o jogador Dunga, grosso, sim, mas vigoroso, líder, entusiasta e vibrante. O que temos à beira do campo é um homem apático como o time que, esteja ganhando ou perdendo de cinco a zero, não troca a fisionomia de paisagem.

O próximo jogo do Brasil é nesta quarta em Porto Alegre contra a combalidíssima seleção peruana, lanterna nas eliminatórias e com sérios problemas internos. Virá, certamente, com toda a disposição defensiva que tiver. Porém, a dica é: Se quiser ter fortuna contra o Brasil, os peruanos precisam analisar o jogo de hoje em que o time brasileiro inexistiu em campo. Tanto no próximo jogo como seria hoje se não fosse o que foi, o Brasil é favorito inconteste, mas este time que aí está preocupa.

sábado, 28 de março de 2009

Acendem as luzes

Hoje começa a temporada 2009 da Fórmula 1. Novidades mil. A mais impressionante é ver a Brawn GP, equipe substituta da Honda, abocanhar a primeira fila no GP de estréia na Austrália. De pilotos desempregados, Button e Barrichello passam a puxadores da fila das baratas hoje. Barrichello, especialmente, de virtual aposentado, passa a ganhar a simpatia da torcida brasileira. Claro que esperar que a Brawn GP e seus pilotos despontem como postulantes ao título é esperar demais, mas o começo promete.

O sistema de pontuação, foco de polêmicas com a idéia do Sr. Ecclestone de pontuar via vitórias, foi abolido e não mudará. Muito melhor, afinal o mais regular é premiado. Hamilton, no Brasil correu com o regulamento debaixo do braço e foi campeão mesmo ganhando menos que o Massa? Melhor pra ele. Regularidade é tudo.

A corrida promete. Vamos torcer pra que, como no ano passado, o campeonato seja levado com todas emoções até a última curva, mas dessa vez sem nenhuma ultrapassagem suspeita.

Tirinha excepcional

Adorei essa tirinha do Adão Iturrusgarai. As pessoas deviam se pautar nesse nível. Conhece a obra do pai da Aline e dos cowboys gays Rocky e Hudson? Se não, conheça o blogue e o site.

Piada de sábado

Veja essa foto nesta enquete da UOL.

Sexy, eu não digo, mas devido à provecta idade (afinal ninguém chega aos 240 anos, mesmo declarando apenas um terço com tamanha saúde), vamos colocar, então que ela seja octy?

Horrível? Sim, eu sei. Mas nenhuma piada superaria alguém indicar a Hebe Camargo como uma mulher sexy equiparando-a à Juliana Paes e à Aline Moraes.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Samba de todos

Existe uma crítica muito ferrenha à Maria Rita por ela usar do pedigree, filha da Elis Regina e do Cesar Camargo Mariano, e de imitar a mãe no estilo de cantar e no timbre de voz. Pessoalmente, não vejo imitação. Ora, a moça é filha da Elis. Nada mais natural que a voz lembrasse a da mãe.

E se é verdade que nos dois primeiros discos, Maria Rita lembrava muito mais Elis menos pela voz e mais pelo repertório (Elis gravou em espanhol Los Hermanos, Maria Rita gravou Dos Gardenias além de músicas melosas muito parecidas com as que a mãe cantaria chegando até mesmo a confundir um ouvinte desavisado), em seu trabalho mais recente, Samba Meu, de 2007, a moça se afastou definitivamente da sombra da mãe. Com um repertório recheado de sambas bastante suingados por sua voz gostosa, MR conseguiu imprimir um estilo seu que a distancia da mãe além de sedimentá-la como, não mais uma promessa, mas uma realidade da nova MPB, cada vez mais eclipsada nas rádios e chamada de música de elite.

E muito melhor que ouvir a deliciosa voz da Maria Rita é vê-la ao vivo. No show de hoje aqui em Prudente no ginásio da Unoeste, campus I, a moça mostrou magnetismo e muita pulsação além do suingue de suas músicas e, claro, uma beleza irretocável em um corpo muitíssimo bem definido. Observando menos as (belas) pernas da Maria Rita e atendo-se à apresentação, vamos falar do gás que ela imprimiu no repertório de seu novo disco. Os sambas, ao vivo, funcionam mesmo, mexem com a platéia e tomam conta. Sábia, mesmo com poucas músicas no currículo (são apenas três discos), a cantora alterna as novidades mais dançantes com sucessos de outros tempos mais calmos e que são mais conhecidas que foram temas de novelas e minisséries. Tantos estes como aquelas são muito conhecidos pelo público que canta, dança e se diverte com a simpatia dessa linda moça que só tem a evoluir. E aprender que não é de bom tom sair do próprio show antes da banda, o que foi, no entender deste que vos escreve, o único ponto negativo da noite.

Arrebenta Barbudo!



Fez-se uma celeuma desnecessária em cima da fala do presidente Lula quando ele disse que a crise econômica foi causada por gente loira de olhos azuis. Tirando o discutível teor racista de sua colocação, uma coisa não se nega: Lula foi direto e verdadeiro.

É lógico que não existe (ou nunca se viu) banqueiro índio ou negro e que os especuladores mais poderosos e influentes estão todos acima do Equador e são brancos. Talvez, a infeliz frase de Lula, por mais verdadeira que seja, devesse ser guardada, mas e se ela nunca fosse dita? Se a culpa nunca fosse atribuída?

É sabido que desde a ascensão do Império Romano, houve um eurocentrismo marcante seja cultural seja mercantil seja político. E, mesmo sendo a Europa um continente miscigenado e policultural, sobressaiu-se o tipo inglês mais branco que os romanos mediterrâneos. Anos depois, com o achamento da América do Norte e a colonização e ascensão dos EUA, o tipo branco e loiro continuou sendo o dominante nos principais postos de liderança.

Por essas, na história, durante muito tempo, os brancos estiveram no comando de decisões, inclusive subjugando outras raças, aniquilando nativos na América, escravizando negros na África e dominando quase todos os povos asiáticos. Isso quando não se destruíam entre eles nas diversas guerras introeuropéias. Nessas, espanhóis e portugueses, ingleses e franceses, alemães e russos cometeram verdadeiras hecatombes humanas em que muitos brancos morreram nas mãos de outros brancos provando seu pior veneno.

Lula pode até ter parecido óbvio dizendo que esta crise é culpa dos brancos de olhos azuis, mas evidente que não são responsáveis só por esta, mas como por quase todas em diversos campos. Mas foi de uma sinceridade monstruosa a jogar a culpa em quem a tem. Mais do que isso, o ótimo discurso defendendo as classes menos favorecidas mostra que o presidente, mesmo sendo politicamente incorreto (graças a Deus), consegue agradar a muitos e arrepiar outros tantos.


quinta-feira, 26 de março de 2009

Tomoooou, que felicidade!


E não é que prenderam a tal da Tranchesi, muambeira de luxo? Condenaram-na a 94 anos. Muito pelo tamanho do crime, certo. Também não cumpriria, uma vez que no Brasil a pena máxima é de 30 anos mais as benesses por bom comportamento e outros quaquás. Como está na notícia, da condenação cabe recurso, uma vez que está em primeira instância e, com nosso país justo que só, daqueles que prende e deixa apodrecer na cadeia quem rouba um saco de arroz e solta o Daniel Dantas, que rouba muito mais, dona Eliane pode dormir tranqüila. Até que seja passada em julgado sua condenação (difícil, mas seria tão bom que acontecesse), muita água vai passar por baixo da ponte e muito vai ser discutido nos tribunais.

O maior crime dela não é, evidentemente, o descaminho e a falsidade ideológica. Esses crimes qualquer um comete e são odiosos da mesma maneira. Maior é o crime moral dessa elitista nojenta em plantar na frente de uma favela uma loja que vende bolsa a dez mil dólares e calça a dois mil reais. Vivemos no país em que se constata o maior abismo social entre ricos e pobres. Nem países miseráveis da África contam com tamanha ostentação vazia. Permitir que se mantenha um comércio dessa natureza e nesses vultos é uma ofensa ao bom-senso. Pelo menos, pelos crimes inscritos no Código Penal, essa burguesa dos infernos já foi condenada numa instância. Resta ser em outra(s). Como vivemos num país em que quem manda historicamente, como diz o presidente, são os loiros de olhos azuis, todos esposos de dondocas fúteis e imprestáveis, assíduas clientes da Daslu, dificilmente isso se tornará realidade. Mas que foi bom ler essa notícia, mesmo pelo impacto dos 94 anos, isso foi.

I can't get no connection

E a conexão aqui em casa anda terrível. Terça e quarta sem post por conta dos problemas na linha. Acho que amanhã se resolve tudo. E espero que nunca mais precise ficar com escusas.

Coisa boa foi o Santos ter vencido ontem. Isso foi genial. O time parece que se engrena. Vamos ver se o time emplaca, pois ta parecendo a Net em casa. Tem um dia matando a pau e outro morto.

Novidades logo mais.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Avisinho (e um rápido jabá)

Hoje tem CQC, como toda segunda, certo? Certo. Mas aproveitei a lembrança pra colocar esse simpático desenhinho que eu peguei no bom Blog do Tas, que é o âncora do programa.

Como fã de BuddyPoke, resolvi aproveitar a deixa. À Marcela Ramos, a congratulação pela ótima sacada. O Oscar Filho ajoelhado pra frisar o apelido de Pequeno Pônei ficou muito bom.

Quanto ao CQC, é um dos poucos programas que alia humor, escracho e inteligência. Para quem não conhece, fica a recomendação.

Mico da semana - Com aviso

A direção deste blogue pede desculpas pelos posts esporádicos colocados na semana passada. É que este que vos escreve esteve ausente durante uma semana, no litoral, e – diferente da massa blogueira e ultra conectada – não tem notebook. E mesmo que tivesse, uma semaninha em Caraguatatuba, com praia de dia e mata atlântica à noite, ele seria esquecido.

Mas isso foi na semana retrasada. Domingo, dia 15, eu estava aqui de volta e não levei a sério o cronograma programado pra este blogue. Ou seja, comi barriga tanto aqui quanto no Poesias em Dia. Dormi no ponto bonito. E dessa vez, sem motivo aparente nem desculpa.

Só por essa dormida e ter me deixado postar só por conta da morte do Clodovil e, mais, não ter prestado atenção no mundo pra colocar aqui um personagem que se apresente pro Mico da Semana me faz, mesmo com essas escusas, ser o próprio. O blogue deveria continuar, eu deveria ter me esmerado mais com ele e com o outro. Faço o mea-culpa e tomo pra mim o prêmio dessa semana.

Avisando a quem ler este blogue, também, que desde quarta-feira estou estudando pra um concurso que me encheu os olhos e vem exigindo dedicação extrema. Espero que isso frutifique numa vaga, numa mudança e que eu seja menos outsider. Mesmo com o concurso, reservarei uma horinha pra colocar alguma coisa aqui. Nem que sejam as anotações das apostilas.

Abraço.

domingo, 22 de março de 2009

Hoje tem jogão!

Logo mais tem o clássico entre Corinthians e Santos no Pacaembu. Jogão de bola que já decidiu vários campeonatos paulistas e um brasileiro a favor do time praiano e revelou diversos nomes além de ser palco de grandes craques. Pelé era especialista em fazer gols no Corinthians, mas Marcelinho Carioca fez um gol de placa no Edinho, filho do Rei. Robinho arrebentou o Timão na final do brasileiro de 2002 e três anos depois, Tevez comandou uma sonora goleada em cima do Peixe. Além disso, o Santos já impôs ao adversário um jejum de dez anos sem perder pro adversário. Enfim, como todo clássico que se preza, a partida guarda histórias inesquecíveis e escreveu capítulos marcantes.

Hoje, ambos os times enfrentam momentos próximos. São times medianos em busca de afirmação. O Corinthians, recém egresso da segunda divisão brasileira, usa o Paulista pra afinar o elenco pro Brasileiro. O Santos está atrás de um time competitivo pro mesmo torneio. Além disso, uma semelhança os marca. Como em vários, anos, este ano, teremos um “duelo”. Do lado do Corinthians, Ronaldo promete fazer sua primeira partida completa e o Santos mostra ao promissor menino Neymar o seu primeiro clássico.

O problema está aí. Embora este que vos escreve tenha usado o mesmo termo que a imprensa em geral vem usando, ainda que com aspas, chamar o embate de duelo é algo forçado. Primeiro porque temos de um lado um ícone do futebol contra uma promessa e joga no menino uma responsabilidade aparentemente maior do que ele suportaria. É claro que, em situação parecida, Robinho ganhou um título pro Santos, mas nem todo menino é Robinho e nem todo craque é Pelé. Então, a imprensa precisava tomar mais cuidado com as manchetes. Como Neymar, muitos meninos surgiram e sumiram. Poucos chegaram a craques imprescindíveis e inquestionáveis como Ronaldo, que também já foi um Neymar, jogador irreverente que atarantava zagas adversárias. Ele vingou. E Neymar? Fica a torcida pra que, além da insistente previsão que faz a imprensa (o novo Pelé já se chegou a dizer), o jogo seja bom, disputado na bola e contribua pra rica história escrita por ambos os times, mesmo que estes tempos não sejam os de outrora.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Eu também quero prestar minha homenagem

É uma situação chata, mas não daria pra fazer graça, mas a situação sempre inspira a idéia dos mais filhos da puta criativos. Assim, veja a notícia na UOL:


Corpo de Clodovil Hernandes é velado em São Paulo


Começou por volta das 11h45 o velório do estilista, apresentador de TV e deputado federal Clodovil Hernandes (PR-SP), 71, na Assembleia Legislativa de São Paulo. O corpo havia embarcado de Brasília para São Paulo na manhã de hoje, em um avião da Força Aérea Brasileira. Houve atraso na saída de Brasília, e o avião que fez o traslado pousou em Congonhas às 11h20. O enterro está marcado, inicialmente, para as 17h, no cemitério do Morumbi.


Sobre o velório, a reportagem fala que vários parlamentares, amigos e famosos (rran rran) marcaram presença. Sobre o enterro, alguém já se prontificou a levar as flores e os vasos.

Nada como uma classe unida.


PS – Algo me chamou a atenção na mesma notícia:


O vereador Agnaldo Timóteo (PR-SP) chegou por volta das 12h40. Ele foi aplaudido pelos presentes após cantar a música "Noites traiçoeiras", do padre Marcelo Rossi, ao lado do caixão.


Ao ler isso, a culpa por fazer gracinha com a morte do Clodovil desapareceu. Agnaldo Timóteo cantando no seu velório é muito pior que qualquer piada chula. O que vier a partir de agora é paz de espírito. A purgação pelos pecados já foi.



Programe seu domingo

Deu n’O Imparcial que o São Caetano mandará o jogo contra o São Paulo pela última rodada da primeira fase do Campeonato Paulista aqui no Rincão. Será o terceiro jogo do torneio nesta cidade que recebeu dois jogos do Corinthians e um gol do Ronaldo além de sediar uma balada e frutificar uma confusão do mesmo.

O São Caetano alega que será mais rentável transferir o jogo do Anacleto, onde cabem só 14 mil torcedores pro Prudentão, que comporta 45 mil. De fato. Mas o que sobrará de líquido para os cofres do Azulão? As despesas de transporte e estadia do time serão maiores uma vez que São Caetano do Sul está mais longe de Prudente que São Paulo. Pouca coisa, mas está.

O São Paulo deixou claro que é contra a mudança do local do jogo e alega que a viagem pra Prudente desgastaria a equipe, que logo depois disputa um jogo pela Libertadores em São Paulo. Por seu lado, a Federação Paulista não foi comunicada da mudança do local. O São Paulo avisa que se ela consentir aumentará ainda mais o rompimento entre Federação e clube.

Tenho uma opinião muito decidida sobre isso. Pra mim, o time tem que jogar em seu estádio. Se o São Caetano quer ter mais público em seu estádio que reforme seu estádio ou mande o jogo em local próximo, afinal a reclamação do São Paulo procede. O São Caetano, como freqüentador de Libertadores noutros tempos, deveria saber que as distâncias e os custos atrapalham o planejamento de um time que disputa diversas competições e precisa priorizar uma às outras.

O prefeito de Prudente, Tupã, estará em São Paulo pra negociar com o São Caetano a vinda da equipe pra Prudente. Certamente, como no episódio do Corinthians, o risco da prefeitura arcar com os gastos dos dois times é muito grande. E entra em campo a questão ética: Seria correto a cidade custear com dinheiro do contribuinte os gastos nada baratos de uma equipe que nada tem a ver com a cidade? Qual a finalidade dessa política de pão e circo mostrada pelo Tupã e já conhecida do seu capo político, o Agripino?

Enquanto isso, o valente Oeste Paulista, time da cidade que é gerido pelo Adriano Gerlim, ex-jogador do São Paulo, faz um papel marcante na terceira divisão malgrado os problemas (salários atrasados, falta de patrocínio). Não seria mais correto e justo com a cidade e com os fãs de futebol investir esse montante na equipe local para, em longo prazo trazer não só o São Paulo e o São Caetano, mas outros times pra Prudente e enfrentar um elemento local?

O jogo promete ser bom e ter aceitação, mas muitas perguntas e incorreções o cercam além das reclamações de diversos agentes.

terça-feira, 17 de março de 2009

Plantão

Como foi avisado no começo do dia, às cinco da tarde deu-se a morte do deputado federal (e ainda vai ser enterrado com honras de Estado) Clodovil Hernandes. Que tenha paz no outro lado, mas que cessem por aí as homenagens. Clodovil não foi nada além de um estilista, apresentador midiático bastante mediano (como o são a maioria deles hoje) e célebre mais pelas suas declarações impensadas que seguiram o caminho da arrogância, da prepotência e do preconceito do que por tudo isso. E justamente por isso foi eleito deputado em São Paulo, o que não significa qualidade, afinal o Estado elegeu gente do calibre de Paulo Maluf, Paulinho da Força, Palocci e outros. Porém, como deputado se não foi brilhante, também não foi vexoso, pois apresentou boas propostas, inclusive uma proposta de emenda constitucional que visava reduzir o numero de deputados na Câmara Baixa do País. Utópico, claro, mas consciente de que o legislativo proporciona gastos absurdos.

Enfim, vai-se Clodovil, suas polêmicas artificiais, sua pessoa soberba e desagradável, mas um cancro da mídia que usou de sua fama anti-heróica pra se jogar na política onde terminou a vida e se salvou do esquecimento a que estava fadado.

Site da Semana

http://www.national-football-teams.com


Evidentemente quem gosta de futebol sabe onde joga o Messi, carimbado na seleção portenha, ou o Cristiano Ronaldo, português, ou, ainda, o Kaká. Mas o mesmo futebólatra saberia quem é e onde joga Chris James? E Haithem Tahir? Já ouviu falar? Se não, saiba que esses dois jogadores têm grandes chances de encontrar gente do patamar de Kaká, Luca Toni e Xavi Alonso pelas suas seleções na Copa das Confederações este ano na África do Sul. Pra saber as respostas destes e de tantos outros craques alternativos e estrelados das mais diversas seleções, acesse o site National Football Teams, de layout bem simples, mas um prato cheio pro curioso que se dispõe a conhecer os principais jogadores da Mongólia, Namíbia ou do Quirguistão dentre outros. Além disso, o site também mostra onde jogam a maioria dos convocados. Coisa de quem gosta de futebol se satisfazer sabendo que um certo Cisse Abshir, somali, joga na Noruega. Bem como os acima perguntados Chris James, neozelandês que joga no Tampere da Finlândia, e Haithem Tahir atleta iraquiano do Sepahan do Irã.

O santo celta

Hoje é dia de São Patrício, importante na Irlanda e festejada de forma efusiva nos EUA, pra onde migraram vários irlandeses durante o século XIX fugindo da fome que assolou a ilha esmeralda.

São Patrício era um cidadão romano que foi vendido como escravo e mandado pra Irlanda de onde fugiu e, mais tarde voltou para pregar o Evangelho. Explicava a Santíssima Trindade usando como exemplo um trevo de três folhas. Isso veio ao encontro da mitologia celta, que sempre reverenciou o número três.

Quanto ao dia, em específico, o dia é uma grande festa na Irlanda. A festa de São Patrício dura três dias já tendo durado até cinco em 2006. É hábito se vestir de verde neste dia. Como fã de mitologia irlandesa, a cultura pagã que melhor conviveu com a Igreja Católica na Idade Média, vejo com grande gosto essa festividade que, mais do que celebrar um santo nacional, como é Nossa Senhora Aparecida no Brasil, celebra um elemento que construiu parte da cultura de um país.

É só esperar o Plantão

O deputado federal (ai, ai, ai, difícil dar tal deferência) Clodovil Hernandes sofreu ontem um AVC e está internado em estado grave. Acabo de ouvir na Jovem Pan que seu estado é grave e ele passará por exames. Sempre que ouço ou leio algo assim vem sempre a história do “seu gato subiu no telhado”. O anúncio da morte do nobre deputado (é demais!) é questão de tempo.

É uma vida que se perde, mas como pessoa, como apresentador, como celebridade, enfim, foi uma nulidade. Como vereador, pior, foi um produto da ignorância massiva de quem não sabe o poder que tem o voto. Respeito quem goste dele (conheci duas eleitoras convictas dele), mas o homem não será lembrado por nada que não sejam as polêmicas vazias, a grosseria destilada e a arrogância desmedida. Perde-se um ícone caricato como o era, também, Paulo Francis, mas sua obra será esquecida bem antes da missa de sétimo dia.


quarta-feira, 4 de março de 2009

Enquanto isso na Argentina

Li num blog ontem esta notícia:

INTEGRANTES DO CQC BRASILEIRO BRIGAM NA ARGENTINA

Marcelo Tas, Rafinha Bastos e Marco Luque, âncoras do programa CQC, da Band, se envolveram em uma briga enquanto gravavam novas vinhetas para o programa, em Buenos Aires.
Rafinh
a se irritou por causa do horário e avançou para cima de Luque, que revidou com um chute. Tas tentou apaziguar os rapazes.
A cena foi filmada nos bastidores dos estúdios da produtora Cuatro Cabezas.

Coisa feia. Espero que os ânimos se acalmem e o melhor humorístico da TV brasileira em 2008 volte com gás total este ano, pois o Tas foi muito feliz em reunir gente de muito talento em torno de uma ótima idéia, que é fazer jornalismo fora do convencional. Afinal, quem nunca quis perguntar pro Maluf quanto ele levou na construção de suas obras em São Paulo?

Veja a cena