quinta-feira, 26 de março de 2009

Tomoooou, que felicidade!


E não é que prenderam a tal da Tranchesi, muambeira de luxo? Condenaram-na a 94 anos. Muito pelo tamanho do crime, certo. Também não cumpriria, uma vez que no Brasil a pena máxima é de 30 anos mais as benesses por bom comportamento e outros quaquás. Como está na notícia, da condenação cabe recurso, uma vez que está em primeira instância e, com nosso país justo que só, daqueles que prende e deixa apodrecer na cadeia quem rouba um saco de arroz e solta o Daniel Dantas, que rouba muito mais, dona Eliane pode dormir tranqüila. Até que seja passada em julgado sua condenação (difícil, mas seria tão bom que acontecesse), muita água vai passar por baixo da ponte e muito vai ser discutido nos tribunais.

O maior crime dela não é, evidentemente, o descaminho e a falsidade ideológica. Esses crimes qualquer um comete e são odiosos da mesma maneira. Maior é o crime moral dessa elitista nojenta em plantar na frente de uma favela uma loja que vende bolsa a dez mil dólares e calça a dois mil reais. Vivemos no país em que se constata o maior abismo social entre ricos e pobres. Nem países miseráveis da África contam com tamanha ostentação vazia. Permitir que se mantenha um comércio dessa natureza e nesses vultos é uma ofensa ao bom-senso. Pelo menos, pelos crimes inscritos no Código Penal, essa burguesa dos infernos já foi condenada numa instância. Resta ser em outra(s). Como vivemos num país em que quem manda historicamente, como diz o presidente, são os loiros de olhos azuis, todos esposos de dondocas fúteis e imprestáveis, assíduas clientes da Daslu, dificilmente isso se tornará realidade. Mas que foi bom ler essa notícia, mesmo pelo impacto dos 94 anos, isso foi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário