domingo, 22 de março de 2009

Hoje tem jogão!

Logo mais tem o clássico entre Corinthians e Santos no Pacaembu. Jogão de bola que já decidiu vários campeonatos paulistas e um brasileiro a favor do time praiano e revelou diversos nomes além de ser palco de grandes craques. Pelé era especialista em fazer gols no Corinthians, mas Marcelinho Carioca fez um gol de placa no Edinho, filho do Rei. Robinho arrebentou o Timão na final do brasileiro de 2002 e três anos depois, Tevez comandou uma sonora goleada em cima do Peixe. Além disso, o Santos já impôs ao adversário um jejum de dez anos sem perder pro adversário. Enfim, como todo clássico que se preza, a partida guarda histórias inesquecíveis e escreveu capítulos marcantes.

Hoje, ambos os times enfrentam momentos próximos. São times medianos em busca de afirmação. O Corinthians, recém egresso da segunda divisão brasileira, usa o Paulista pra afinar o elenco pro Brasileiro. O Santos está atrás de um time competitivo pro mesmo torneio. Além disso, uma semelhança os marca. Como em vários, anos, este ano, teremos um “duelo”. Do lado do Corinthians, Ronaldo promete fazer sua primeira partida completa e o Santos mostra ao promissor menino Neymar o seu primeiro clássico.

O problema está aí. Embora este que vos escreve tenha usado o mesmo termo que a imprensa em geral vem usando, ainda que com aspas, chamar o embate de duelo é algo forçado. Primeiro porque temos de um lado um ícone do futebol contra uma promessa e joga no menino uma responsabilidade aparentemente maior do que ele suportaria. É claro que, em situação parecida, Robinho ganhou um título pro Santos, mas nem todo menino é Robinho e nem todo craque é Pelé. Então, a imprensa precisava tomar mais cuidado com as manchetes. Como Neymar, muitos meninos surgiram e sumiram. Poucos chegaram a craques imprescindíveis e inquestionáveis como Ronaldo, que também já foi um Neymar, jogador irreverente que atarantava zagas adversárias. Ele vingou. E Neymar? Fica a torcida pra que, além da insistente previsão que faz a imprensa (o novo Pelé já se chegou a dizer), o jogo seja bom, disputado na bola e contribua pra rica história escrita por ambos os times, mesmo que estes tempos não sejam os de outrora.

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