domingo, 29 de março de 2009

Papelão

Acabou o jogo entre Brasil e Equador. Um empate de 1-1 injusto, uma vez que o time do Equador deveria ter ganho de pelo menos três gols. Faltou competência ao time equatoriano. Ao Brasil não faltou nada, pois só falta algo quando se tem, o que não é o caso.

A seleção brasileira está cada vez mais mostrando que seus principais titulares são jogadores indignos de jogar em qualquer equipe de porte mediano. Ronaldinho Gaúcho definitivamente acabou. É reserva no Milan e, certamente, não durará muito no time italiano. Robinho joga na seleção o mesmo futebol que acredita ser o de melhor do mundo e passa longe de ser o de melhor da rua. Elano, reserva no mesmo time de Robinho é outra nulidade. Lúcio não tem mais perna. Gilberto Silva nasceu, cresceu e morreu em 2002. Ou seja, grande parte da seleção é composta por jogadores medíocres ou de astros envilecidos ou decadentes.

O time equatoriano não é nenhum primor de técnica, mas compensa com raça e determinação, a mesma que garantiu duas vitórias em Quito nas edições passadas das Eliminatórias. Assim, jogando diante de sua torcida, os jogadores, que igual ao Brasil, jogam em sua maioria, suam sangue pra honrar a camisa. Fazer isso diante de um time apático e burocrático como a seleção brasileira fica muito mais fácil. Um pouco mais de pontaria e o Equador aplicaria uma goleada histórica.

E não há culpados. Nem a altitude, que os brasileiros tanto condenam, influenciou. Ela foi inimiga tanto dos equatorianos, quase todos atuantes fora dela, quanto dos brasileiros. O técnico? Talvez. Dunga não é um mau treinador. Tendo o material que tem à mão, escalado mais por influência da cúpula da CBF, o técnico tira mel de pedra. Já disse algumas vezes que o técnico Dunga nem de longe lembra o jogador Dunga, grosso, sim, mas vigoroso, líder, entusiasta e vibrante. O que temos à beira do campo é um homem apático como o time que, esteja ganhando ou perdendo de cinco a zero, não troca a fisionomia de paisagem.

O próximo jogo do Brasil é nesta quarta em Porto Alegre contra a combalidíssima seleção peruana, lanterna nas eliminatórias e com sérios problemas internos. Virá, certamente, com toda a disposição defensiva que tiver. Porém, a dica é: Se quiser ter fortuna contra o Brasil, os peruanos precisam analisar o jogo de hoje em que o time brasileiro inexistiu em campo. Tanto no próximo jogo como seria hoje se não fosse o que foi, o Brasil é favorito inconteste, mas este time que aí está preocupa.

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