domingo, 31 de maio de 2009

Eu achei que vida fosse mole/Algo assim como requeijão

Essa reportagem da UOL, eu achei simplesmente genial.


Crime musical; Confira as piores versões brasileiras de clássicos internacionais


Não há dúvida que a coletânea escolhida pela reportagem é algo que chega a deixar abismado em ver como certos artistas brasileiros conseguem ser tão desprovidos de vergonha alheia em achar que suas versões mereçam a luz do conhecimento. O problema é que, como diz o sábio, toda lista nasceu pra ser contestada. Quem ler isso, certamente vai discordar de alguma das escolhas ou vai acrescentar outras. Normal. Da minha parte, creio terem faltado diversos assassinatos musicais ocorridos na Jovem Guarda (Meu Bem, do Ronnie Von, concebida de Girl, dos Beatles ou Splish Splash, do Roberto, vinda da homônima do Jerry Lee Lewis), algumas vindas do rock dos anos oitenta (I’m a Believer virou Não Acredito via Lulu Santos e Kiko Zambianchi destruiu Hey Jude, dos Beatles). Isso porque não me lembrei dos sertanejos, de outros forrós e algumas bregueiras que merecem não menos que o escárnio.

Mas não me lembro de ter ouvido coisa mais pobre, mais insensata e mais ridícula que Triste, Mas Eu Não me Queixo, d’O Surto (aquele que no começo dos anos 2000 pirou o cabeção, lembra?) criada em cima de Californication, do Red Hot Chilli Peppers. Não conhece? A letra é essa aí. Nunca ouviu? Não está perdendo nada,


Triste, Mas Eu Não me Queixo

O Surto

Minha vida é uma desgraça
Eu vou encurtar um trecho
Caí da bicicleta lasquei meus ovos nos eixo
E é tanta coisa ruim comigo, mas eu não me queixo

Eu fui apartar a briga
E levei um murro nos queixo
Entraram na minha casa e levaram meu Playstation
E é tanta coisa ruim comigo mas eu não me queixo

Já lasquei a boca numa queda de patinete
Semana passada bateram nu meu chevete
E o cara que amassou até hoje não pagou
É triste mas eu não me queixo
É triste mas eu não me queixo
É triste mas eu não me queixo


Triste! Definitivamente triste! Alguém que estupra a liberdade poética rimando queixo com Playstation merecia pena de morte. E o pior... Esse grupo cantou isso na última noite do Rock in Rio. É a falta total de senso de ridículo.

Quem ganhou?


Saca essa turma bancando o Dengue, do extinto Xou da Xuxa? Eles formam o Diversity, grupo de dança que trabalha sobre música eletrônica e foram os vencedores do Britain’s Got Talent. O que isso tem de importante? Nada, mas eles bateram na final ninguém menos que a sensação do momento, Susan Boyle, a simpática senhorita que conquistou o júri do programa.

Isso quer dizer que eles são melhores que ela? Não necessariamente. Esses festivais musicais nem sempre implicam no sucesso dos vencedores. Às vezes nem o talento. Quem definirá o futuro dos finalistas agora é o público. E quanto a isso, parece que não resta dúvida sobre popularidade. Quem conhecia o Diversity? Fato que a final confrontou dois estilo muito opostos. De um lado o moderno e bastante aceito estilo eletrônico com público cativo e do outro a clássica e aparentemente inacessível ópera onde a voz sobressai a efeitos e scratches e a música . Por ser um programa que visa a audiência, majoritariamente composta por jovens a quem o clássico é muito mais curioso que atraente, o moderno foi escolhido e o Diversity, não sem talento, levou o prêmio. Mas Susan Boyle não deve se arrepender. Muito pelo contrário. Se não bastasse a lição de calar e encantar os que não acreditam que o talento nem sempre se alia com a beleza, Susan sai dessa história toda engrandecida. E popular. Sabe o que são 150 milhões de acessos na Internet? Seria como se pouco mais de um Japão tivesse visto essa mulher ser caçoada e se encantado com I Dreamed a Dream. Não é pouca coisa, tanto que ela sai do programa com vários contratos. Ou seja, o Diversity pode até ter ganho os jurados e o programa, mas Susan Boyle ganhou o mundo.

Doze cidades

Acabaram de ser escolhidas as doze cidades. São elas Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Não houve nenhuma surpresa embora alguns centros menores no futebol nacional como Natal, Cuiabá e Manaus tenham sido escolhidas. Foi geograficamente política a FIFA com a conversa mole de Sede Amazônica, pra qual concorriam além de Manaus, Rio Branco e Belém, e Sede Pantaneira, que tinha como postulante além de Cuiabá Campo Grande.

Que São Paulo e Rio seriam escolhidas, não restava nenhuma dúvida. São centros políticos e esportivos fortes do País. Outras como Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife dificilmente seriam olvidadas, embora surpreenda que Goiânia não tenha sido escolhida.

Problema agora é reestruturar, reformar, readequar e, até, construir estádios para a Copa. Mais do que estádios, é preciso refazer, reconstruir (ou construir) sistemas de transporte e logística, segurança pro tanto de visitantes que vem aí. São cinco anos pra isso e, certamente, muito dinheiro, muita verba que sairá dos nossos impostos pra um fim não necessário, pelo menos agora.

Mas tudo bem... São cinco anos para as cidades se prepararem, pra investirem de forma inteligente pro evento que vem. Vamos ver se elas têm a competência e a honestidade européia pra isso. Em São Paulo acho difícil.

terça-feira, 26 de maio de 2009

É pra rir?

Palmeiras contrata o Obina (aquele que, segundo uma fração cada vez mais diminuta da torcida do Flamengo além do pessoal do Juquiri, é melhor que o Eto’o), há dezessete jogos sem marcar gols, para solucionar a falta de artilheiros?

De boa, isso é piada, né? Eles poderiam levar o Kleber Pereira também.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Plantão - Um filho de cuca legal


Morreu Zé Rodrix, parceiro de Sá e Guarabira em diversas composições maravilhosas. A mais famosa delas, sem dúvida é Casa no Campo, famosa na voz de Elis Regina.

Uma casa no campo para compor os rocks rurais era tudo que Rodrix queria. E Rodrix era craque no riscado. Compôs além desta, talvez não numa casa de campo, pérolas como Mestre Jonas. Além da música, Rodrix também se destacou criando jingles comerciais como o da Pepsi nos anos 70.

Multi-instrumentista, Rodrix também passeava por estilos. Uma perda considerável da música brasileira, sem dúvida. Como homenagem, o CPD posta um pout-porri de Rodrix com seus grandes parceiros, três músicas excelentes: Caçador de Mim, Espanhola e – claro – Casa no Campo.



quarta-feira, 20 de maio de 2009

Tira da Semana


Se Ele não sabe... Quem haverá de saber? Mais uma do Um Sábado Qualquer.


terça-feira, 19 de maio de 2009

Educação é tudo

Olha só isso:

SP distribui a escolas livro com palavrões
da Folha Online - 19/05/2009 - 08h37


Livros contendo expressões como "chupa rola", "cu" e "chupava ela todinha" foram distribuídos pelo setor de educação do governo José Serra (PSDB) como material de apoio a alunos da terceira série do ensino fundamental (faixa etária de nove anos), segundo reportagem publicada na edição desta terça-feira (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal) assinada pelo jornalista Fábio Takahashi.

O texto informa que o governo estadual reconheceu o erro na distribuição dos 1.216 exemplares e determinou o recolhimento das obras.

O livro contém 11 histórias em quadrinhos produzidas por Caco Galhardo --também quadrinista da Folha. Uma das histórias mais criticadas por especialistas traz uma caricatura de um programa de mesa-redonda de futebol na TV.

Enquanto o comentarista faz perguntas sobre sexo, jogadores e treinadores respondem com clichês de programas esportivos, como "o atleta tem de se adaptar a qualquer posição".

De novo

Esta não é a primeira vez que o setor de educação do governo Serra se equivoca em relação aos livros distribuídos a alunos.

Em março deste ano, a pasta de Educação foi duramente criticada por professores da rede estadual por causa de erros em 500 mil livros didáticos distribuídos.

Um livro didático de geografia, usado por alunos da 6ª série do ensino fundamental nas escolas públicas, mostrava o Paraguai duas vezes em um mapa da América do Sul e exclui o Equador. O problema aparece tanto nos livros destinados aos estudantes quanto nas publicações destinadas aos professores.

À época, a secretaria creditou o problema a editora que o produziu e informou que determinou a troca das publicações com erros.

Em nota, o governo admitiu o erro ao distribuir a publicação e diz que o montante de 1.216 exemplares compõem apenas 0,067% dos 1,79 milhão de exemplares distribuídos aos alunos da rede.

A secretaria informou ainda que a obra é só uma entre as 818 escolhidas.

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É o que eu digo. Essa educação do governo Serra é uma coisa do caralho! Vá tomar no cu esse bando de filhos da puta dessa Secretaria de Educação de bosta!

- Que boca suja! Onde você aprendeu isso, menino?! É essa a educação que eu te dou em casa?

- Não, mamãe. Essa é a educação que eu aprendo na escola com os livrinhos que a tia manda a gente ler.

Redondo


Esta foto apareceu no Jacaré Banguela. O Ronaldo, a Brahma e o Corinthians devem ter A MA DO a criatividade do fotógrafo e a sacanagem com o Gordo. A Skol deve ter adorado. Publicidade boa, barata e oportuna.

Mas eu fiquei com dúvida. Pra mim o Redondo era argentino.

Péssima, eu sei!

Agora quem me explica porque as Organizações Globo estão marcando tanto o Ronaldo assim? Só eles é que podem dar o golpe do Baú, é?


Problemas, problemas....




Com a nossa querida Telefônica coordenando a Internet ”pública” de São Paulo fica difícil de trabalhar. Ontem consegui fazer os dois posts, o Quem Pergunta Quer Saber e a nota sobre a morte do Mario Benedetti, mas foi só. À tarde mesmo, a conexão ficou um lixo e não consegui colocar os outros, que postarei hoje, se a Net deixar, é claro.

Telefônica... Sempre unindo pessoas. Principalmente quando a vontade é apedrejá-la pelos maus serviços. Coisas que só a iniciativa privada faz por você.

Um exemplo a ser seguido


Um cara que eu admiro embora não concorde muito com alguns de seus posicionamentos nasceu com o nome de Malcom Little, morreu com o nome de El Hajj Malik El Shabazz, mas entrou para a história como Malcom X e completaria 84 anos hoje.

Malcom foi um árduo defensor dos direitos dos negros nos EUA. Nascido em 1925, cresceu e forjou seu pensamento nos anos 40 e 50 quando, sobretudo, os estados do Sul do País eram declarada e legalmente racistas. Havia ainda algum ranço no País contra a população negra livre e no mesmo momento, o arianismo hitlerista encontrava eco e simpatia no outro lado do Atlântico via Ku-Klux-Klan, que justamente nessa época vivia seu auge e sua postura odienta e seus atos desprezíveis eram aplaudidos inclusive por políticos.

A minha discordância com Malcom X é que por parte de sua vida, ele defendeu o outro lado da moeda. Ora, se os brancos preconizavam sua superioridade, ele resolveu pregar a supremacia negra. Grande bobagem uma vez que entre pessoas, raças e religiões não há superioridade. Deve haver tolerância e respeito, sempre. Outra postura em que divirjo: A violência. É necessário, sim, que haja luta, mas ela deve ser opção quando todas as possibilidades de diálogo e entendimento forem esgotadas. Não é porque muitas conquistas se deram pela violência que ela merece ser referendada. Assim sendo, escusaríamos grandes monstros como Hitler, Stalin, Pol Pot, César, os reis d’Espanha e tantos outros que usavam da força pra assegurar conquistas.

Sorte que a maturidade chegou ao grande líder e ele percebeu que há valores fora do Islã (Malcom se converteu e isso fez com que se abrandasse seu radicalismo) e que nem todos os brancos são opressores. Sua primeira ideologia, ainda que viciada, foi um alento aos negros num país majoritariamente branco. Malcom defendeu os seus e desagradou a muitos. Como todos os grandes líderes, terminou assassinado. Como todos os grandes líderes, foi-se o corpo, ficaram as idéias que influenciaram os Panteras Negras e todos aqueles que pregam a liberdade e a paz, bandeira defendida por quem já quis ser superior. Essa idéia foi sedimentada e semeada por Martin Luther King com outro viés. Mas inegável a importância de Malcom X na defesa dos direitos dos negros.

Cuidado com ele...

Quem me conhece, sabe que eu adoro o Pânico na TV pelo escracho, pela tosquice e pela petulância. Seja ela aberta (já que toda sub-celebridade merecia uma torta na cara, não os afagos da mídia) ou mais discreta. Enfim, adoro o programa por ele ser sem cerimônias, ruim, e por isso, justamente, ele é bom.

Mas um quadro que eu tenho adorado e vem sendo o carro chefe do programa é O Impostor. Nele, um personagem se propõe a certas tarefas tidas como dificílimas em lugares restritos como desfilar na São Paulo Fashion Week, entregar um quadro ao vencedor do BBB ou bater uma foto com Sylvester Stallone. Todas realizadas com sucesso.

O interessante do quadro é justamente seu protagonista, um sujeito extremamente audacioso e muito inteligente que joga com situações, disfarces e sempre em busca da melhor oportunidade pra agir. Sem a notória gaiatice de Vesgo e Silvio, que já ofendeu muitos afetadinhos mal educados, o Impostor consegue seus intentos sendo simpático e cativante. Há quem diga que o quadro, como se diz de tudo no Pânico, é combinado. Não sei se a emissora conseguiria combinar uma foto do Impostor com o Sylvester Stallone sendo que seria muito mais interessante (e daria muito mais audiência) o desafio de braço de ferro entre o Vesgo e o ator. Ficam aí duas participações do Impostor, a mais recente com o Gilberto Gil e a mais famosa com o eterno Rocky.



segunda-feira, 18 de maio de 2009

Quem pergunta quer saber 03

Que moral têm o PSDB e seus aliados, que nos tempos em que era governo não gerou lucros dignos de nota com a Petrobrás, mais que isso, conseguiu a proeza de perder uma plataforma oceânica, pra instaurar uma CPI pra investigar a Estatal? Seria inveja da auto-suficiência em petróleo e da administração competente que o PT vem fazendo?

Muito estranho.

Plantão - Uma grande perda.


Faleceu hoje o grande poeta uruguaio Mario Benedetti, dono de um lirismo sem igual. Apaixonado e apaixonante, Benedetti está na lembrança dos amantes. Pudera. Mario Benedetti é um dos poetas mais populares tanto do seu país quanto da América Latina, que lhe guarda tremenda admiração. O Uruguai, país vizinho pouco conhecido por nós, perde hoje um dos grandes presentes dados ao lirismo internacional. Resta ainda o genial Eduardo Galeano.

A verdade é que os grandes poetas e grandes escritores estão indo embora. Mas pra quem quiser sempre se lembrar de Mario Benedetti ou conhece esse grande poeta, o Recanto das Poesias disponibiliza um bom acervo de sua obra. Inclusive esta linda poesia. Catorze passos para uma vida melhor.

Memorandum

Um chegar e incorporar-se o dia
Dois respirar para subir a ladeira
Três não jogar-se em uma só aposta
Quatro escapar da melancolia
Cinco aprender a nova geografia
Seis não ficar-se nunca sem a sesta
Sete o futuro não será uma festa e
Oito não assustar-se ainda
Nove vai a saber quem é o forte
Dez não deixar que a paciência ceda
Onze cuidar-se da boa sorte
Doze guardar a última moeda
Treze não tratar-se com a morte
Catorze desfrutar enquanto se pode

Tradução Maria Teresa Almeida Pina

domingo, 17 de maio de 2009

Planeta sonho


Dentre os vários musicais que este País já presenciou, seja a Bossa Nova, a Tropicália, a Jovem Guarda e outros tantos existe um que recebe menos luz de história, mas que é tão valioso quanto: O Clube da Esquina. Nos 60, em Belo Horizonte, os rapazes Milton Nascimento, Fernando Brant, Lô e Fernando Borges e mais uma turma jogaram suas influências e seu gosto por Beatles na música brasileira e revolucionaram o rock e a MPB. Dessa turma nasceu muita gente boa como os supracitados mais Beto Guedes, Flávio Venturini e o 14-Bis, que encerrou a Virada Cultural aqui em Prudente.

O show foi no Parque do Povo numa tarde bem fria. Começou às cinco e foi até às seis e meia, tempo em que o 14 Bis desfilou seus maiores sucessos além de inéditas interessantes. No mais, a apresentação mostrou que a banda transita muito bem entre a MPB com clássicos como Caçador de Mim, Bola de Meia Bola de Gude e Canção da América e o rock mais acelerado com várias novidades e versões vertidas de Planeta Sonho e Linda Juventude. Como banda, o vocal e guitarrista Claudio Venturini, o baixista Magrão, o tecladista Vermelho e o baterista Helly Rodrigues completam uma banda interessante e os anos de estrada tornam a apresentação uma verdadeira festa, um encerramento de ouro no ótimo projeto que visa trazer música e cultura de qualidade pras cidades do interior. Que ano que vem a Virada Cultural mantenha o nível.


Cultura pra todos os gostos (mesmo)

Hoje tem Virada Cultural em Prudente e em mais um continente a sua escolha dezenove cidades. Em Prudente, além de peças de teatro, mostras de dança, tivemos bons show e o show do CPM 22. Beto Guedes, Trio Los Angeles e hoje, pra encerrar, 14 Bis. Logo mais estarei lá e coloco aqui como foi a apresentação. Se tudo der certo, com fotos.

Quem puder que aproveite, vai até às seis da tarde de hoje.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Tira da Semana


Arqueólogos... Tanto divagam que nunca imaginam o óbvio.


Correndo pra fora

A Ferrari já deixou claro. Se ano que vem a FIA adotar a medida do teto orçamentário Criada unilateralmente, sem consultar as equipes, a Fórmula Um pode se considerar com uma equipe a menos. Mas não seria uma equipe a menos. Seria a Fórmula Um em si.

Das equipes grandes e clássicas da Fórmula Um, a Ferrai é hoje, mesmo sem o sucesso esperado nessa temporada, a mais emblemática da categoria. Não é exagero. A Lotus, dona do carro mais bonito de todos os tempos e que deu um título a Emerson Fittipaldi, fechou. A Brabham, por onde Nelson Piquet foi campeão, fechou. A Willians ainda existe, mas é segunda força. Mesmo equipes menores e tradicionais também não existem mais. Quem se lembra da Tyrrell? Da Ligier? Da Minardi? São todas equipes tradicionais que, campeãs ou não, sempre despertaram a simpatia do torcedor. Assim, restam, das grandes escuderias da F1, a McLaren, que levou Lewis Hamilton ao título, e a Ferrari.

É sabido que a FIA vem dirigindo com mão de ferro a categoria. Não é a primeira vez em que equipes e instituição batem de frente. Esta idéia do teto orçamentário desagradou manifestadamente todas as equipes uma vez que pretende criar uma divisão entre as mais ricas, com privilégios, e as mais pobres, sem. Seriam duas competições numa só. Até aqui, só a Ferrari, mais do que se declarar contra, anunciou represália caso isso se mantiver.

Já está na hora das equipes e dos construtores se unirem numa espécie de liga independente da Fórmula Um e criar uma categoria em que elas definissem as regras. Algo parecido já aconteceu nos EUA com a Fórmula Indy. Devido a desentendimentos, em 1996, Tony George, dono do circuito de Indianápolis e da prova mais tradicional do automobilismo ianque, rompeu com a CART, a antiga detentora da marca. George criou a IRL, levou alguns dos pilotos da outra categoria de governo da CART, que passou a se chamar Champ Car. Ou seja, uma cisão nas atuais circunstâncias, em que Bernie Ecclestone criou raízes na cadeira da FIA, seria uma lufada de ar fresco na competição. Ficariam de um lado as equipes amotinadas e do outro as simpáticas à situação. Quem ganharia a parada? Só o futuro diria. Mas é bom lembrar que no caso entre CART e IRL, a dissidente foi crescendo com a tradição da Indy 500 a seu favor até que em 2008 a IRL se reunificou com a originária Champ Car, esta com sérios problemas financeiros do que se conclui que onde estiver a tradição estará o público e, conseqüentemente, estarão os patrocinadores.

A Ferrari tem um queijo na mão. Se a FIA não abrandar o tom, a equipe de Maranello forja uma faca facinho, facinho. E aí vamos ver quem durará.


Mais um milagre

A falar de São Marcos? Nada. Simplesmente, dez anos depois, a história se repete. E o Palmeiras, de classificado na bacia das almas, passa a ser um postulante respeitável ao título.

É bom São Paulo, Grêmio, Boca se cuidarem. Se safaram da gripe suína não jogando no México, mas vem aí mais problemas vindo dos porcos.



Mico da Semana - Atrasado

Quando bateu segunda feira e terminei de escrever o tópico sobre as torcidas, procurei algo pra ilustrar o mico semanal. Sem sucesso. Sendo assim, resolvi deixar pra próxima. Foi quando ao ler o divertidíssimo blogue Jacaré Banguela vi um vídeo do Silvio Santos com a Maísa. Mais um, afinal, a menina é um dos alavancadores de audiência do combalido canal do Patrão e nem me dei ao trabalho de ver. Às vezes, a menina enjoa. Tem vezes que ela parece ensaiadinha demais. Eis que ontem, um amigo me indicou atenção especial a este vídeo e resolvi, enfim, assisti-lo.

Eu não sou fã do Silvio Santos embora o admire. Inegável, até pros detratores, que ele é um capítulo à parte da televisão brasileira. Ninguém consegue ficar há tanto tempo na mídia levando um programa que já teve doze horas, dez horas de duração. Hoje, mais velho e um tanto deslocado no tempo, Silvio Santos divide seu domingo com outras atrações e não prescinde da Maísa, tanto que todo domingo, a menina marca presença. Também é inegável que Silvio tem trato com a platéia e com os convidados. Nada mais ilustrativo que o célebre episódio do bambu, em que Silvio de pego numa brincadeira reverte a situação.

No entanto, parece que a idade e o atraso no bonde da história fizeram com que o apresentador, para se mostrar competitivo com os outros programas, deixasse de lado a classe, o raciocínio rápido e a ironia. Então vem de algum tempo certas deselegâncias, falta de tino e, até mesmo, grosserias da parte de Silvio Santos. Seja chamando suas espectadoras de gordinha e questionando seu sucesso amoroso seja usando palavras mais chulas, usuais para diversos apresentadores, mas impressionantes vindas dele. E o capítulo mais recente (e o mais constrangedor) se deu com sua mini petiz, como chamaria Marcelo Tas, neste vídeo. Certo, a menina é simpática, é bonitinha, é espertinha pra sua idade e pode até ser ensaiada ou parecer artificial, mas, antes de tudo, é uma criança que se assusta, se impressiona como toda criança. Espero que, revendo este vídeo, Silvio Santos, com seu inigualável bom senso e conhecimento dobre mídia reconheça o erro e não repita mais este tipo de grosseria. Ou pode perder uma mina de ouro já desejada por várias emissoras.


segunda-feira, 11 de maio de 2009

E você, vai pra onde?

Como fã de futebol, mais do que torcer pro Santos, time de coração, sempre apoiei os times de onde moro. Como só morei em Prudente, além do Santos torço também, atualmente, pro OPEC, o time de Prudente que, infelizmente, esse ano foi rebaixado pra série B, a quarta divisão de São Paulo. Mas me autorizo a ter dois times porque sou paulista e torço pra um time de São Paulo e pro time da minha cidade. Confesso que numa hipotética partida entre o Santos e o OPEC eu não saberia pra quem torcer.

O que me deixa estranhado é ver gente de diversos estados torcer pra times de outros lugares. Você, enquanto brasileiro, torceria pro Real Madrid? Montaria torcida organizada pro Milan? Gastaria garganta gritando pelos gols do Cristiano Ronaldo ou do Drogba? Inegável que estes times e jogadores são atrações a parte. Assistir a final da Champions League é um espetáculo, uma partida emocionante, mas sempre a vejo como um espetáculo da mesma forma que eu assistira a um show de rock ou uma peça de teatro. Talvez até tivesse certa preferência, mas que acabaria no trilar do apito do juiz. Vencesse quem vencesse não tocaria meu gosto além da partida.

Agora se é assim com torcedores brasileiros com times estrangeiros, o que leva um alagoano a torcer pro Flamengo? Ou um gaúcho a torcer pelo Botafogo? Mais, um capixaba a torcer pelo São Paulo? Quantas vezes esse torcedor poderá ver seu time in loco ou vibrar com seu artilheiro preferido no estádio. Muito feliz foi o Paulo Victor Correia que, em seu Orkut, disponibilizou essa ótima charge. Torcedor do CRB de Alagoas, o rapaz ilustrou como é deprimente torcer pra um time, ainda que do mesmo país, mais estrangeiro que presente em sua realidade. Ei-la para os que não podem acessar o Orkut.

Agora, essa mecha e esse sapatinho pink no torcedor do São Paulo teria um significado subliminar? Oooow, maldade!

domingo, 10 de maio de 2009

post 100 100 noção

Já que está será a centésima postagem no novo CPD, é preciso marcá-la com algo especial. E neste mundo capitalista nada é mais é mais especial que dinheiro. Então unindo o inútil ao desagradável, eis aí 100 bilhões de dólares. Que seja o quanto valha este blogue daqui um ano.

Sim, foi péssima... E viva o Zimbábue!