sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Novos ares, novas pistas



Kimi Raikkonen acerta com a Citröen e, ano que vem correrá o mundial de rali. Além de tantas equipes e montadoras que abandonam a F1 (algumas atirando forte contra a categoria), um dos últimos campeões também cai fora. É uma perda a se lamentar para a dita principal categoria do automobilismo [Galvão Bueno mode off]. A verdade é que Kimi é um cara que não nasceu pra Fórmula 1. Autêntico demais pra ela, sincero demais pra ela, bruto demais pra ela e – talvez – competente de menos. Certo que Kimi tem um título, o de 2007. Mérito próprio ou sorte na má sorte dos outros? A discussão cabe aos partidários dele e seus detratores. Eu o vejo como um bom piloto que mereceu o laurel ganho, mas que não mostrou igual desempenho depois.

Kimi era um estranho no mundo plastificado da Fórmula Um. Avesso a badalações, a eventos formais, ficava mais na sua. Bebia demais? Talvez, mas isso não lhe tira os méritos e não faz mais do que se preocupar com sua saúde. Na verdade, Kimi era um cara comum num ambiente pasteurizado. Falava pouco inglês, aliás, não gostava de dar entrevistas no idioma e tinha um prazer nas pistas: Correr. E isso fazia com alguma maestria, nada espetacular, é claro. Agora, vai para o menos visível mundo do rali em que dividirá a frente com um navegador, ganhará bem menos, mas fará o que gosta. Talvez volte em 2011. O que encontrará ninguém sabe, mas dificilmente, a Fórmula Um mudará muito do que ele deixou.

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