quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Meu calendário ideal - seleções

meSeguindo minha utopia de calendário ideal no futebol, após falar sobre os campeonatos nacionais e continentais, hoje eu explano como seriam os campeonatos entre seleções, envolvendo, claro a Copa do Mundo. Primeiro, eu acho que se tem um continente que saiu na frente quanto a conjugar torneios continentais e Copa foi a África. As eliminatórias para a Copa Africana de Nações valem, também como vestibular para a Copa do Mundo. As dezesseis melhores seleções do continente disputam o torneio regional e as cinco melhores vão pra Copa do Mundo. É uma resolução interessante ainda que tenha sido tomada pelo fato das federações africanas não terem dinheiro faro para disputar qualificatórios entre países e, também, para não atritar com os grandes clubes europeus onde jogam seus principais jogadores. Mas foi um caminho correto.


Ou não parece absurdo que haja a cada dois anos eliminatórias na Europa entre seleções? Quando os países da UEFA não disputam as eliminatórias para a Copa, disputam as da Eurocopa. Os clubes europeus são prejudicados por terem tantas datas vagas verem tomados seus astros. Se a Europa seguisse o mesmo modelo africano, todos sairiam ganhando e os jogos entre esquadrões nacionais não seriam coisa tão banalizada. E valeriam muito mais.


Outra boa idéia seria a uniformização dos calendários. A disputa quadrienal de torneios continentais é uma boa pedida. Qual o parâmetro? Que tal as Copas continentais terem lugar a dois anos da Copa do Mundo? Ou seja, nos anos de Olimpíadas? Poderiam ser torneios concomitantes para que os todos disputem ao mesmo tempo. Mas, seguindo a minha concepção, os torneios seriam disputados ou em janeiro e fevereiro, na entressafra dos nacionais – o que seria complicado, sobretudo no hemisfério norte em que o frio é intenso – ou no verão deles e no nosso inverno com uma pausa nos torneios nacionais de um mês e meio. Talvez a forma que se faz atualmente em que o torneio africano é disputado em janeiro e o europeu em junho e julho pudesse ser mantida no meu calendário ideal. Cortaria as férias dos craques, mas por uma boa causa e os clubes saberiam lidar com isso.


No ano seguinte às Copas continentais viria a Copa das Confederações como um aperitivo pra Copa do Mundo. A fórmula seria mantida. Os campeões continentais, sabidos no ano anterior, mais o vencedor da última Copa e o país sede da Copa do ano seguinte se reuniriam e disputariam o torneio de tiro rápido. Por ser curta, ela seria realizada no meio do ano durante uma pausa nos campeonatos dos países envolvidos. Aí, no ano seguinte, teríamos a Copa do Mundo, torneio em que todos os campeonatos nacionais sofreriam uma pausa para que não conflitassem com o torneio.


Há quem reclame que essa fórmula privilegiaria poucos e prejudicaria quase todos. Afinal, segundo ela países menores teriam suas seleções jogando menos. Para elas, a FIFA reservaria uma espécie de torneios consolação. Mais uma vez, a África sai na frente. A CAF, Federação Africana, é dividida em confederações regionais que promovem suas copas. Nelas, potências como Camarões, Nigéria e Costa do Marfim participam com equipes caseiras, sem as grandes estrelas que atuam na Europa. Por um lado, ela é menos interessante para o público que não vê um Drogba ou um Eto’o, mas serve como teste para jogadores menos conhecidos serem lapidados. Além disso, a FIFA reservaria a cada começo de ano, no começo da temporada, quatro ou cinco datas durantes as semanas em que as seleções pudessem jogar amistosos além de distribuir as eliminatórias em fins de semana.


Enfim, se as federações fizessem estas mudanças, os clubes não seriam tão prejudicados e não haveria tantos conflitos entre eles, que pagam os salários dos grandes craques e fazem o futebol ser o negócio lucrativo que temos, e as seleções, que ainda têm sua função de identificação com os países. As seleções seriam mais valorizadas e os clubes poderiam tirar delas, bem como dos países.

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