quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Comentariozinhos finais 3

Dando prosseguimento à análise dos participantes do Brasileirão desse ano, falaremos da turma que, mesmo no segundo pelotão, conseguiu as vagas para a Sul e, além deles, o Corinthians.


Santos – O segundo lugar no Paulistão, com direito a uma vitória sobre o forte time do Palmeiras, fez a torcida santista crer que este time era competitivo e logo constatou que tudo não passava de ilusão. A eliminação precoce diante do modesto CSA de Alagoas mostrou o quanto time era vulnerável e carente. 2009 é um ano pra se esquecido na Vila Belmiro. Brigas no vestiário envolvendo o reincidente e contestado goleiro Fábio Costa – o que sedimenta para muitos o desagradável título de inamovível do elenco –, confrontos entre time e técnicos (o que fez o time mudar de comando várias vezes, o clima eleitoral tenso nos bastidores, a extrema dependência do irregular e já passado Kleber Pereira e a indisfarçável má-vontade de Vanderlei Luxemburgo com o time quase levaram o Peixe à Série B. Espera-se que a troca na presidência faça soprar novos ares para o Alvinegro praiano.


Barueri – O caçula da Série A chegou com a possibilidade de rebaixamento, mas conseguiu reverter isso e, em certos momentos, dar a impressão que brigaria por algo mais. Com o desenrolar do torneio, as coisas foram se encaixando e o Barueri percebeu que não só de estrutura, apoio da prefeitura e do empresariado fazem uma boa campanha. É preciso experiência, o que faltou ao time, não a alguns jogadores, figurinhas carimbadas de outros carnavais como Basílio. Por outro lado, o time descobriu dois goleadores: Pedrão, no primeiro semestre, que foi vendido e Val Baiano, que foi responsável pelos gols da equipe. Mas foi só isso.


Corinthians – Após a volta à Série A e os títulos do Paulista e da Copa do Brasil, que garantiu a vaga para a Libertadores, o Corinthians fez do campeonato brasileiro um laboratório para o torneio continental e uma tremenda recreação. No começo do torneio, até pensou-se na tríplice coroa, mas com o andamento do campeonato e a perda de seus principais jogadores, o time viu que era preciso muito mais que um Ronaldo pra ter sucesso numa competição longa. O principal jogador do time jogava quando se sentia capaz. Ou seja, não tinha regularidade. Além disso, o elenco do Corinthians se mostrou normal, nada além disso. Dessa forma, com a Libertadores certa, tudo o que o time precisou fazer foi evitar uma colocação ruim ou o rebaixamento. A tríplice coroa não veio, mas o Corinthians mostrou muitas deficiências.


Goiás – Acostumado a freqüentar o meio da tabela, o Esmeraldino goiano por pouco não chegou entre os quatro primeiros. Com mentalidade vencedora, sucesso de grandes figurões como Iarley e Leo Lima, novatos lapidados como Rafael Tolói e a contratação de um craque carismático como Fernandão, o Goiás chegou a vislumbrar um título. O problema foram muitas derrapadas fora de casa e algumas surpresas no Serra Dourada. Mesmo assim, fica a impressão de um time arrumadinho e que, certamente, perderá muitos dos seus craques para outros clubes. Também não se discute que o Goiás foi o fiel da balança na decisão do título empatando com o Flamengo no Rio e batendo o São Paulo em casa. Possibilidade de evolução.

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