quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Cala-se o cassetete

Morreu o Luiz Carlos Alborghetti. Quem era ele? Simplesmente o criador do estilo Ratinho de fazer programas policiais-jornalísticos. Aqueles que o apresentador fala de frente pra câmera e manda uma saraivada de palavrões xingando o meliante, o bandido, esse canalha, filho da puta que aparecia nas matérias de tudo que era nome. Se fosse só isso, a coisa poderia ser encarada apenas na galhofa, afinal seria só um pândego encarnando um personagem metido a fodão e que dá margem a diversas paródias, sendo a melhor aquela feita pela trupe Hermes e Renato, o Chapa Quente. O problema era o lado “sério” da coisa. Além de apresentador destes programas sensacionalistas, Alborghetti era deputado estadual no Paraná, sua terra, pelo DEM. Suas convicções políticas beiravam o absurdo. Defensor árduo da pena de morte, o homem ainda destilava um racismo maquiado e uma carreira de elogios contra tudo aquilo que não lhe parecesse bons costumes. Enfim, um reaça de quatro costados. Seja o brucutu que fala abobrinhas na televisão seja o deputado que defendia o regime militar nem um nem outro fará falta. À família, os sentimentos. Só isso.



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