quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Ele está de volta

Está certo! Schumacher vai voltar à Fórmula Um ano que vem pela Mercedes com 41 anos. Como candidatíssimo a título como outrora? Não, mas, certamente, não é alguém a ser desprezado. Primeiro porque a Mercedes é um bom carro e tem bons motores, tanto que era ela quem fornecia os motores para o campeão de 2007, Lewis Hamilton. Segundo porque o piloto no cockpit não é um Luca Badoer ou um Andrea de Cesaris, mas um heptacampeão recordista de tudo que se tem. E isso, para uma modalidade com muitos garotos, boa parte deles calouros, causa um certo rebuliço. Afinal, por melhor que seja, é muito mais fácil correr contra um Jenson Button do que contra um Schumacher. Assim, mesmo afastado da F1 há tento tempo, o alemão tem um dedo de favoritismo. Uma prévia disso, ele deu Florianópolis, numa corrida exibição de kart. Não serve como parâmetro, claro, mas dá pra se ter uma idéia de que o homem ainda pilota de forma competitiva.


Outra coisa a ser louvada é o fato de que, agora, a Fórmula Um volta a ter um cara que realmente chame a atenção. Ano passado, a temporada contava com três campeões: Alonso, Raikonen e Hamilton além do próprio Button, campeão mais tarde. Ainda que tivessem títulos, todos esses padecem de um mal que não é exclusivo de pilotos de automobilismo ou mesmo esportistas: A falta de um cara que tenha carisma, personalidade, do sujeito que conquiste mesmo sem ser o melhor, mas que todos querem que seja. Schumacher é esse cara. Se ano que vem, com ele nas pistas, haverá mais mil interessados em acompanhá-lo porque torcem por ele, querem ver ele ganhar corridas e um oitavo título, haverá, também, outros mil, mil e quinhentos que vão fazer figa pra ele enfiar o carro no muro porque o acham arrogante, trapaceiro e protegido. Para os organizadores e, principalmente, os patrocinadores do evento, serão, dois mil, dois mil e quinhentos assistentes e possíveis clientes a mais. Para uma modalidade que vive de dinheiro como a Fórmula Um, a volta de um herói tanto amado quanto odiado é um marketing e tanto.


Por parte deste que vos bloga, a volta do alemão é algo competitivamente bom (esportivamente, não porque automobilismo algum é esporte). Como torcedor que me tornei do Schumacher, estarei entre os mil que querem vê-lo campeão. E não só uma vez. O contrato com a Mercedes prevê três temporadas. Será cumprido até o fim? Não se sabe. A torcida dos fãs é que sim e que ele tire esse contrato pra ser decacampeão? Já pensou o melhor piloto de todos os tempos ser campeão com o dobro de títulos do segundo colocado? Por enquanto, a diferença entre eles é de dois.

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