terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Comentariozinhos finais 2

Seguindo o começado ontem, hoje, faremos a análise dos times que ficaram na Zona do Agrião, aqueles que nem conseguiram nenhuma competição internacional nem foram parar no amargo plano da Série B e também o Vitória, último classificado para a Sul-Americana.


Fluminense – Se algo de bom merece ser dito do Tricolor das Laranjeiras é o seu sprint final revertendo um rebaixamento certo e líquido numa salvação surpreendente. E só. Assim como ser rival rubro-negro, o Fluminense deve seu sucesso à dupla Fred e Conca. Este, um jogador de valor que é pouco observado por outros times e, inclusive, pelo próprio Maradona. Aquele é um matador eficiente, mas complicado e que viveu com contusões. Motivo do insucesso? De forma alguma. Em campo, Fred demorou pra chamar a responsabilidade, mas quando o fez carregou bem um time medíocre. O pior foi evitado, mas se algo não for feito urgentemente, o suplício pode se repetir.


Botafogo – Virtualmente rebaixado, deve sua permanência na Série A à incompetência pura do Palmeiras que, disputante ao título e favorito, negou fogo na última rodada e, por isso, o Botafogo conseguiu vencer e respirar. Do time, pouco a se dizer. Ruim, sem nenhuma competitividade e, pra piorar, com diversos problemas extra-campo. Diretoria em conflito, salários atrasados. Tudo isso somado ao time fraquíssimo, foi surpreendente o Botafogo ter ficado na Série A. É preciso mudar muita coisa ou a coisa será repetida.


Atlético-PR – O Furacão veio para o Brasileiro com diversos problemas e muito mais preocupado em fazer da Arena da Baixada o estádio paranaense pra Copa do Mundo. Ou seja, o futebol ficou em segundo plano. Isso fez com que o início do time fosse fraco e que o rebaixamento fosse o fim mais certo. A salvação do time foi a chegada de Paulo Baier, corrido do Sport. O veterano meio-campista liderou um time jovem e sem nenhum destaque a uma campanha digna, claro, enfrentando o rebaixamento frontalmente. Com a Arena quase escolhida como o estádio de Curitiba, espera-se que o Atlético, pelo menos, equilibre as atenções e volte a ser o time competitivo de sempre.


Vitória – O solitário representante baiano começou o Brasileiro impressionando e chegando a freqüentar o G4 além de marcar de perto os outros competidores. Isso se deve ao bom trabalho de Paulo Cesar Carpegiani que, depois de algumas derrotas, foi vítima do cultural hábito brasileiro de demitir o técnico. A chegada de Vagner Mancini deu uma diminuída no gás do Leão e o time foi ficando pra trás, chegando a ser ameaçado, mesmo que de longe, pelo rebaixamento. A classificação para a Sul Americana foi um prêmio justo para um time que, pelo que fez no começo, não merecia estar fora de uma competição internacional.

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