domingo, 16 de agosto de 2009

Por que eu gosto de atletismo

Como coloquei ontem neste blogue, o atletismo é um dos esportes que eu mais gosto de assistir por ser o mais dos naturais e mais humanos. Aquele que não exige muito material. Abebe Bikila, maratonista etíope, foi medalhista de ouro em Roma, 1960, correndo descalço. Os tempos eram outros, claro. A ciência esportiva, as preparações físicas e o extenso profissionalismo fizeram máquinas. Mas diferente da natação, em que o traje super-desenvolvido reduz o atrito com a água, o atletismo tem o atleta como seu maior potencial.


Outra vantagem. O atletismo permite que diversas convicções religiosas se encaixem. Como uma nadadora iraniana, muçulmana a quem a religião proíbe que exponha demasiadamente o corpo, pode cair numa piscina? No atletismo, temos o caso da arremessadora Leyla Rajabi que, usando os trajes adequados entre em competição com suas oponentes.


Claro que o excesso de vestimentas deixa as atletas muçulmanas em desvantagem frente às atletas que trajam uniformes convencionais. E é aí que entra a tecnologia a favor delas. A corredora barenita Rakia Al-Gara faz parte da seleta elite da modalidade, é muçulmana seguidora dos mandamentos do Alcorão e se veste para as competições segundo eles. Com uniformes desenvolvidos pra ela e sua condição, ela compete em igualdade com as outras.

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