quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Os homens do frio

Hoje, o Brasil joga contra a fortíssima seleção da Estônia. Não, minha senhora, não é Espanha. É Estônia mesmo. Um paisinho ao norte da Europa, banhado pelo mar Báltico e uma das tantas ex-repúblicas soviéticas como o Uzbequistão, para onde foi o Felipão recentemente.


Qual a finalidade desse jogo? Nenhuma que não seja dinheiro. Pra seleção brasileira, claro, porque para a federação estoniana, a partida renderá muito pouco. Uma porque, mesmo sendo um país rico, a Estônia atravessa ainda problemas com a grave crise econômica do ano passado. Assim, não é todo mundo que pode pagar algo em torno de 100 dólares pra ver um jogo de futebol. Outra porque o estádio onde a partida tomará lugar, na capital Tallinn, é minúsculo. Doze mil lugares. A Vila Belmiro, estádio do Santos, que nunca recebeu uma partida da Seleção tem mais de vinte mil lugares. O Prudentão, estádio aqui do rincão, tem capacidade de 45 mil pessoas. Pelo menos, o Caetano Peretti, aqui da cidade também, mas usado pra jogos amadores, é menor. Ou seja, mesmo com a lotação total e com procura, o lucro não seria grande. E nem isso tem.


Por fim, a partida, pra seleção brasileira, não tem valor técnico nenhum. O “fortíssima” do começo, se não se pescou, foi uma ironia das brabas. Em seu grupo nas Eliminatórias, a Estônia está a frente apenas da seleção da Armênia. Ou seja, África do Sul pra eles só pela TV mesmo. Seria muito mais interessante propor um amistoso com uma equipe mais forte. Mas como a Estônia vai festejar os cem anos de sua federação nacional e tem bala pra pagar e os brasileiros, escrúpulo nenhum pra receber...


Enquanto isso, a Argentina, próxima adversária nas eliminatórias, joga contra uma emergente Rússia em Moscou. Sua fase combalida frente ao bom sucesso dos russos torna o jogo improvável quanto a qualquer prognóstico.

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