sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Briga no cocho

Essa briga entre a Globo e a Record, de boa, não leva nada a lugar algum. Ambas emissoras são, no cerne de sua existência, ruins e mal-intencionadas. Oras, se a Record é comandada com mão de ferro pelo Bispo Macedo, a Globo, capitaneada pela família Marinho, que vêm sendo um cancro pro jornalismo e pra cultura nacional, não fica muito longe.


Sem contar que uma se espelha descaradamente na outra. Tire todos os logos, das duas, da programação ou troque os apresentadores de emissora, o Bonner e a Fátima no Jornal da Record (sem a identificação) e os apresentadores da outra no Jornal Nacional e pesque alguma diferença. Quanto ao resto da programação não muda. O que diferencia um pouco é o fato da Record fazer dos desenhos do Pica Pau o seu Chaves, ou seja, aquele alavancador de audiência. Mas, e o que a Globo faz com o Roberto Carlos colocando-o até em humorísticos?


As acusações da Globo contra a Igreja Universal do Reino de Deus procedem porque dentro dela não há santos. Mas porque a Globo nunca mostra às claras o que é feito, de fato, com as doações do Criança Esperança ou mostra transparentemente o que se faz com o lucro das ligações nos reality-shows? Ou seja, em ambos os fronts não há mocinhos.


E se nos focarmos na programação, pensaremos se vale mesmo a pena manter a TV ligada. Novelas lá e acolá são ruins. Reality shows aqui e ali são inúteis. Jornais na Barra Funda e no Jardim Botânico são tendenciosos e mentirosos. Os programas culturais ou as peças de qualidade são jogados no limbo da manhã ou no escondido da madrugada.


Uma e outra, se deixassem de existir, seria uma grande alegria pra quem deseja uma melhora da qualidade na TV brasileira. Seriam as pedras grandes da implosão, mas os pedregulhos também incomodam e atrapalham.



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