terça-feira, 11 de agosto de 2009

Mico da Semana

O Mico dessa Semana vai atrasado, mas com muita propriedade ao Jô Soares que, numa entrevista com Juca Kfouri, fez um comentário estúpido sobre a vinda do jogo entre Corinthians e Palmeiras em Prudente, que fica “pra lá de Deus me livre”. Ok, o jogo não deveria ter sido realizado aqui, eu mesmo me manifestei contrário, mas vamos devagar com o andor.


Primeiro, Jô Soares acredita ser o supra-sumo da intelectualidade brasileira. Não se nega que o homem é de uma cultura infindável, versátil poliglota e conhecedor de diversos assuntos. E pára por aí. A começar, como escritor Jô é medíocre. Seu primeiro livro, Xangô de Baker Street é interessantinho, pra falar bem. O segundo, o homem que matou Getúlio Vargas é dantesco. De um mau-gosto sem nome, faz troça com a polidactilia do personagem principal. Ou seja, é muito engraçado fazer graça com os outros. Porém, quando é chamado de gordo e alvo de piadas grosseiras, o próprio autor não gosta. Assim, é muito fácil fazer rir. O terceiro, Assassinatos na Academia Brasileira de Letras, nada mais é do que o desejo do apresentador de ser um imortal. Tendo pela atual presença nos fardões, nada improvável.


Segundo, sempre que aborda o tema futebol, Jô se mostra um tremendo ignorante. Não lhe é obrigatório conhecer do riscado. Ele conhece psicanálise melhor que eu. Porém, uma diferença grassa: Eu não me meto a falar de Freud ou criticá-lo. Sequer li um livro de Freud em minha vida. Jô, pelo contrário, parece se dar o dever de ser um sábio em tudo. E quando aborda um tema estranho à sua vasta cultura comete gafes terríveis. Que o gordo fosse da mesma opinião do Juca (este sim, uma autoridade em esportes), que a manifestasse de forma mais polida e mais embasada aludindo como oposições a distância, o custo, a logística, mas sem comentários subjetivos.


E como não se bastasse o comentário infeliz, Jô conseguiu ser pior na escusa. Manifestando repúdio ao que foi dito, o prefeito desta cidade, Milton Melo, enviou um protesto contra o dito e que foi lido no ar pelo apresentador. Tentando justificar, Jô se saiu com essa no vídeo abaixo. Seria bom o Kassab dizer que deus-me-livre é o programa do Jô cada vez menos atraente e mais escatológico.



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