terça-feira, 4 de agosto de 2009

Duas análises da nossa imprensa esportiva

Fernandão foi pro Goiás. Muito bom! O rapaz dizia que tinha duas casas no Brasil, é o Goiás, clube que o revelou e de onde ele foi para a França ser rei para voltar aclamado. A outra é o Internacional de Porto Alegre, onde ele comandou o time campeão da Libertadores e Mundial sobre o poderoso Barcelona. Craque, ele sempre foi, não resta dúvida. Tanto que depois de dois anos no mundo árabe, ao desligar do time pelo qual jogava foi pretendido por vários times e terminou na sua primeira casa dizendo que a segunda lhe fechou as portas. Estúpida a imprensa de São Paulo que tratou o caso com mais despeito que consideração e o considerou como um atleta em fim de carreira por conta disso. Quando os jornalistas da Paulicéia vão aprender que o Brasil não se resume aos seus umbigos? Sorte do Goiás que agora tem um grande craque no elenco, um líder dentro de campo e um ídolo da torcida esmeraldina e, mais que isso, declaradamente agradado do time e grato a ele. Pro terceiro colocado do Brasileirão, um reforço e tanto. Pleitear título? Difícil, mas não é absurdo cravar uma Libertadores para o time do Planalto Central.


Léo Moura do Flamengo foi vaiado, xingado, escurraçado pela torcida do Flamengo, está no time desde 2005, ganhou títulos com o clube, fez gols decisivos. Domingo, ais uma vez, vaiado e xingado pela sua torcida, fez o gol que livrou o Flamengo do vexame de perder em casa para o fraquinho Náutico e se voltou à torcida lhe dedicando bons e cabeludos palavrões e chocou imprensa e a própria torcida. A pergunta é: Queriam que depois de levar tanta paulada, o homem ainda mandasse beijinhos e declarações de amor para a turba que o vaiou? Ora essa. Ele fez é muito pouco. Mas, como, infelizmente, vivemos num maldito mundo politicamente correto, no dia seguinte veio a desculpa. Não tinha que ter desculpa nenhuma. Pelé criou o soco no ar num momento em que a torcida do Santos pegava no seu pé. O soco no ar simbolizava uma muqueta bem dada nos críticos. Fosse nos dias atuais, o Rei seria punido pelos tribunais desportivos por conduta antidesportiva. Que saudade dos anti-heróis que xingavam, soltavam o verbo e voltavam pro jogo de cabeça fria.



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