Saiu n’O Estadão:
Hillary não consegue apoio do Brasil por sanções ao Irã
BRASÍLIA - A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, não conseguiu obter apoio brasileiro a novas sanções contra o Irã durante visita a Brasília nesta quarta-feira.
Apesar da posição firme da secretária, que disse acreditar que a República Islâmica só vai negociar após receber sanções, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou antes mesmo de reunir-se com Hillary que "não é prudente encostar o Irã na parede".
O Brasil atualmente ocupa uma vaga rotativa no Conselho de Segurança da ONU, e diplomatas norte-americanos têm tentado convencer os integrantes desse grupo a aprovarem novas sanções contra o Irã devido à recusa do país em abandonar seu programa de enriquecimento de urânio.
As atenções estão voltadas principalmente para China e Rússia, que têm poder de veto sobre resoluções do Conselho, mas os EUA também gostariam de convencer membros não-permanentes importantes, como Brasil e Turquia, para apresentar uma frente unida no impasse nuclear contra o Irã. (...)
Comentário – Mais uma vez o governo Lula me agrada. Isso é praticamente um “Resolvam vocês seu problema com eles” pros macacos do Norte. Já escrevi aqui algumas vezes que não sou muito simpático ao governo iraniano, que acho o Ahmadinejad um sujeito quase despótico que está no governo de forma duvidosa, como esteve há oito anos o George Bush, e que ele fala bobagem demais. Mas isso não quer dizer que o governo brasileiro deva tratá-lo como tal. De qualquer forma, duvidoso ou não, o homem foi eleito democraticamente e o Irã é um país soberano, independente e, mais que isso tudo, um parceiro comercial de potencial. Então, se o lance dos Estados Unidos com o Irã, baseado em birra (Afinal armas nucleares, os EUA também têm, e aí?), precisa de platéia e de aplauso, que vá conseguir em outra freguesia. Aqui não.
Valeu Lula!
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