O jornalista e blogueiro Flavio Gomes abriu uma série de matérias (as primeiras são esta e esta) que promete ser ótima sobre Nelson Piquet. Depois de pesquisar e nos apresentar momentos grandiosos de Ayrton Senna, o Gomes resolveu falar sobre nosso outro tricampeão. E isso rendeu acalorada discussão nos comentários entre sennistas e piquetistas. Quem foi o melhor? Ambos têm três títulos, mas Senna ganhou mais corridas e o resto é puro subjetivismo.
Na opinião deste blogueiro, sem desmerecer os louros conquistados por Senna, Piquet é melhor. Um grande piloto e uma figura lendária fora das pistas. Se em sua carreira, Senna fez questão de ostentar o brasileiro vencedor, aquele que vibrava e erguia no pódio a bandeira do Brasil, Nelsão não fazia por menos. Venceu tantas provas, subiu no lugar mais alto do pódio e mereceu o Tema da Vitória tão identificado com Ayrton, mas que – e poucos sabem disso – foi criado para Nelson Piquet.
Fora das pistas, a coisa entre ambos sempre foi distinta e quase opositiva. Se Ayrton representava o bom moço, Nelsão foi sempre o anti-herói. Isso lhe rendeu a pecha de arrogante, de grosseiro. O que não se fala, por ignorância ou conveniência, é que Piquet surgiu na Fórmula Um sem qualquer olhar mais atencioso da imprensa brasileira que, nos primórdios, jamais deu o cartaz merecido ao então jovem piloto. Sua ascensão na categoria, no entanto, terminou chamando a atenção da mesma imprensa que o ignorava. Como retribuição, Piquet fazia questão de não conceder entrevistas para ela. Daí sua “arrogância” e a simpatia dessa imprensa ao novato Ayrton que dirigia a Lotus enquanto Piquet era campeão pela Willians.
Nas entrevistas que dava, Piquet era – e ainda é – de uma sinceridade rascante e de um sarcasmo quase perverso. O surgimento e estabelecimento de um Senna talentoso contra um Piquet já veterano, mas ainda competitivo e as tantas histórias, muitas fundamentadas e outras tantas lendárias, ocorridas nos padoques alimentou uma rivalidade entre ambos pilotos e foi fomentada por uma paixão futebolística entre suas torcidas. Piquet se aposentou da F1 em 91, ano
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