quinta-feira, 25 de junho de 2009

Vitória azul

O jogo de ontem entre Cruzeiro e Grêmio foi digno de uma semifinal de Libertadores. Brigado, jogado e cheio de gols. 3-1 pro time mineiro que vai pra Porto Alegre com ótima vantagem de dois gols.

Mas o Grêmio no Olímpico é o Grêmio. Copeiro e com fibra pra dar e vender.

Pena que a partida tenha sido manchada pela acusação de racismo contra o argentino Maxi Lopéz por Elicarlos. Algo realmente odioso.

Há de se relevar duas coisas, no entanto. A primeira é que numa partida de futebol, a última coisa que se ouvirá de um jogador em campo, adrenalina no talo suor batendo no olho é algo como um “Vossa Senhoria faria a gentileza de ser mais cuidadoso na próxima vez em que disputarmos uma bola?” ou “Por favor, cavalheiro, não me aborreça. Seja fleumático”. Nunca! Em campo, com gana de vencer, educação vai pra casa do chapéu e o palavrão rola solto. Outra, o clima normal de uma partida de futebol potencializada pelo fator semifinal é explosivo. Então, mesuras e cavalheirismos não teriam lugar. Claro que jogador, em campo, xinga, briga, extravasa. Com respeito, claro. Se houve racismo (e aí é preciso tomar todo o contexto em que o “macaco” reclamado por Elicarlos se encaixa), a coisa realmente precisa ser punida. Mas o fator jogo deveria ser atenuante.

Quando à partida: excelente. O segundo jogo no Olímpico vai pegar fogo. E não contem com um Grêmio morto.

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