quarta-feira, 24 de junho de 2009

Lo de siempre

E a Espanha perde sua invencibilidade de 35 jogos avalizada por 15 vitórias seguidas para os EUA. Certamente, muita gente hoje quebrou a banca. Mas quem perdeu?

Primeiro vale a constatação. Sim, o time espanhol um por um é melhor que seu adversário em todas as posições. Casillas é um dos melhores goleiros do mundo enquanto Howard é um bom goleiro. Donovan, por melhor que seja, não é melhor que Fernando Torres. O que teria acontecido? Segundo, como isso pôde acontecer?

Aconteceu que o time da Espanha se fiou demais no seu retrospecto infalível, mas esqueceu de consultar a sua história falibilíssima. Não é de hoje que a Espanha sempre reúne uma boa quantidade de craques, faz campanhas convincentes pra falhar quando mais se espera. Se tem qualidade, falta, ainda, à Espanha a bendita tradição, aquele detalhinho que faz brilhar o manto, que faz resgatar um Maradona em fim de carreira e lhe dá o poder de fazer jogadas inimagináveis ou que faz um Brasil desacreditado e medíocre pressionar tanto a ponto de um Baggio mandar a bola pra estratosfera. É a tal mentalidade de time pequeno que assola todos os ratos quando enfrentam leões.

Os EUA não têm um time bom. Seus jogadores são previsíveis, mecanizados e nenhuma malícia. Compensam isso com uma obediência tática e um vigor físico incrível. Pra completar, contam com Donovan, que é um jogador diferenciado e antevê jogadas. A Espanha também tem isso. Só não funcionou hoje. Ainda há um ano para a Copa. Qualidade sobra para os espanhóis. Resta crer neles mesmos. E deixa o lo de siempre para trás definitivamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário