sábado, 20 de junho de 2009

Vai com Deus

Na noite dessa sexta feira, São Paulo e Muricy Ramalho puseram um ponto final na sua relação profissional. Findaram-se quatro anos de títulos, favoritismo díspar em qualquer competição que o time do Morumbi disputasse. Isso tudo por conta de quê? De uma derrota para o Cruzeiro em pleno Morumbi, a eliminação da Libertadores, torneio de cadeira cativa são-paulina, e – de quebra – um chocolate. Culpa do Muricy, claro.

Foi 2-0, mas podia ser três, quatro do lado do time mineiro e, se possível fosse, um número qualquer negativo pro São Paulo. Menos um, menos dois. Número de gols se possível fosse, nota do time se a menor não fosse zero. E a culpa, claro, é do técnico, esse Muricy imprestável que chutou duas bolas na trave, pisou nela outras tantas vezes e perdeu gols feitos, fez faltas violentíssimas e foi expulso.

Ele sai, no que faz bem.Eduardo Costa, um zagueiro a la Roberto Dias e que faria Dario Pereyra se roer de inveja precisa continuar a destilar sua categoria. Suas botinadas foram frutos de um dia ruim. Sua expulsão, claro, foi injusta. Dagoberto, atacante que mistura o oportunismo de um Pedro Rocha e a precisão de um Careca com toques de Raí e que em campo quase lembra o Müller, por unir tantas qualidades, segue com o prestígio inabalado. Claro, ele não pode ser sacado. Muricy e seus três títulos seguidos, suas classificações convincentes para as finais da Libertadores foram mero fruto do acaso. Uma hora sua incompetência ia aflorar e ele ia se revelar um técnico incapaz de dirigir o esquadrão que o São Paulo tem com atacantes que estariam em qualquer seleção de todos os tempos. Pra que Eto’o se tem o Washington? Como alguém pode falar que o Beckenbauer é melhor que o Zé Luiz? Definitivamente, Muricy é um técnico fraco que nem com essa qualidade toda consegue ser campeão. Que vá procurar outras paragens.

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