terça-feira, 14 de julho de 2009

Bem (?!) amigos...

Acaba de dar na UOL e ser comentado no ótimo blogue do Flavio Gomes, que manja tudo e mais um pouco de automobilismo.


“Piquet não é mais piloto da Renault”, diz Galvão Bueno.


Uma breve pinçada no post do Flavio Gomes:


(...)


O engraçado disso tudo é essa história de dizer que “Galvão anunciou” e pedir que eu comente.


Pois comento. A notícia não é que o Nelsinho vai sair da Renault. Essa, quando for confirmada, será notícia velha. A notícia, no caso do “anúncio” do Galvão, é: a Globo descobriu agora que Nelsinho pode ser despachado pela Renault. Porque até a moça da Globo dar a informação na transmissão do fim de semana, em nenhum momento — repito, nenhum — a emissora tocou no assunto em seus telejornais ou programas esportivos. Ao contrário. Lembro vagamente de comentários, nas transmissões ao vivo, na linha “andam dizendo que o Nelsinho vai ser mandado embora, notícias que saem em sites por aí, esses sites dizem muita besteira, é tudo especulação” etc.

Na semana passada, quem levantou a bola de novo, na quarta ou quinta-feira, não lembro, foi a “Auto Motor und Sport” alemã. O assunto, pela importância da revista, foi novamente às manchetes dos sites especializados, já que havia a iminência de uma demissão. Eu mesmo comentei algo aqui.


(...)


Minha cantilena toda sobre esse assunto, portanto, não é pessoal, um ataque ao Galvão, ou a quem quer que seja. É apenas uma constatação de que a Globo continua sendo arrogante e prepotente em seu pseudojornalismo esportivo (custa mencionar as fontes, dizer que a revista X deu a informação antes de todo mundo, ou que o site Y descobriu antes do que todos?), e que infelizmente muita gente que consome informação, inclusive de outros veículos em várias mídias, continua achando que qualquer merda só é oficial quando sai na Globo.


Ora, vão caçar.


Da minha parte, é mais um dos tantos capítulos de desinformação e mais uma das tantas notícias requentadas que a Globo dá. Galvão é um jornalista sem qualquer credibilidade e que usa da sua vasta experiência no meio da Fórmula Um para parece influente, antenado e, pior, autoridade no assunto.


Que Galvão conheça alguma coisa do riscado não se discute, afinal ninguém fica totalmente alheio de algo com o que trabalha durante mais de trinta anos. Daí a se achar uma sumidade no assunto e que seus pitacos mereçam ar de inquestionabilidade é demais. Nelsinho está na sinuca há um ano mais ou menos. Infelizmente não conseguiu render na Fórmula Um o que rendeu em categorias inferiores. Não foi o primeiro, não será o último, afinal uma coisa é brilhar numa divisão intermediária em que ao haja tanto interesse nem dinheiro grande rodando e esperando reposição pra ontem. Outra é subir de patamar e dar de cara com pressão, com expectativa, com empresário por trás e interesses dos mais diversos. Não deu pro Nelsinho. É uma pena porque há um nome em questão, uma estirpe e, queiram ou não, havia uma torcida esperançosa. Mas é coisa sabida, é bola cantada. Galvão, mais uma vez, não trouxe notícia nova nenhuma. Deu foi uma barrigada sem tamanho, mas como carrega a marca Galvão Bueno, respeitada entre os leigos e os ignorantes que têm a Globo como um quarto poder e o maior deles e questionada pelos sabedores dos assuntos que ele acredita dominar, termina sendo algo supremo e inconteste. Pobre país que ainda atura a Globo e seus desinformadores.

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