Brilha nada

Situação chata essa com o Zina. O “poeta de uma palavra só” (Ronaldo), depois de ser flagrado portando cocaína ano passado, esta semana foi flagrado com um revólver, o que lhe valeu uma prisão. Uma pena.

Falar que o rapaz é talentoso é exagero. O bordão que ele criou e caiu no gosto do povo e suas participações no programa Pânico têm despertado a simpatia e a audiência. Talvez por pena, talvez por carisma, mas as aventuras com a abilolada Sabrina são o ponto alto da transmissão.

Zina tem esquizofrenia e mostra ser um sujeito muito simples e um tanto ingênuo. Sem querer usar essas características como atenuantes e dar por santo o sujeito, é possível que a história toda tenha sido armada. Como também não é.É uma situação complicada.

A pena maior na história é que as complicações pesam apenas e somente contra a pessoa Zina, que teve um grande lance de sorte em sua vida. Num instante despretensioso, uma entrevista fortuita lhe fez virar celebridade, algo normal numa época de momentos instantâneos que vivemos. Isso perdurou e a fama se sedimentou. Graças ao Pânico, Zina ganhou uma casa e um emprego razoavelmente remunerado na Rede TV. Pena que uma grande bobagem possa por tudo a perder. Até a volta do Pânico, as coisas podem se resolver. Ou não.