quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ótimo exemplo

Saiu no G1


Argentina libera acesso a documentos das Forças Armadas sob ditadura militar


Dados já vinham sendo divulgados em casos específicos, diz secretária. Medida assinada por Cristina Kirchner facilitará uso judicial da informação.


O governo da Argentina anunciou nesta quarta-feira (6) que vai desclassificar todos os documentos sobre as Forças Armadas durante a ditadura militar do país (1976-83). A única exceção é a documentação relativa à Guerra das Malvinas, de 1982.


A medida foi anunciada em um decreto publicado no Diário Oficial nesta quarta-feira (6).


Segundo o texto, assinado pela presidente Cristina Kirchner, manter essas informações em segredo é contrário à "política de memória, verdade e justiça" que, segundo ela, o estado vem adotando desde 2003.


A medida deve agilizar os já existentes requerimentos judiciais de informação em processos relativos a violações de direitos humanos, iniciados a partir da revogação da anistia, em 2003.


Em comunicado, a Secretaria de Direitos Humanos informou que os documentos, do Ministério da Defesa, estão no Arquivo Nacional da Memória, e já vinham sendo publicados quando decretos específicos assim o determinavam.


Comentário – Simplesmente genial. O governo militar na Argentina demorou menos tempo que o brasileiro, mas foi igualmente sanguinário, repressor e despótico. Se tem algo que merece ser admirado no povo argentino é sua força. É notório que o argentino é bem menos alienado que o brasileiro. No fim dos anos 90 e começo dos anos 2000, eles simplesmente apearam ministros e presidentes da república que estavam fazendo fanfarronices no governo. Diferente deles, nossa massa ignara, aquela que se alimenta de Jornal Nacional e dorme vendo Big Brother não faz nada, simplesmente deixa o barco correr. Daí temos os desgovernos do FHC e as seqüentes cagadas que o PSDB faz em São Paulo. Mas isso tudo é ideologia. O tema central, o acesso aos documentos do regime militar argentino é algo pra ser exemplificado. Infelizmente, todos os nossos generais carniceiros morreram e não serão punidos pelos crimes que cometeram. Mas seria ótimo que as Forças Armadas abrissem, por vontade própria ou por força do seu chefe maior, o Presidente da República, seus arquivos para que ela, enquanto instituição, pagasse pelos crimes que cometeram. Infelizmente, como muitos legisladores são militares aposentados ou simpáticos a essa corja fardada, dificilmente acontecerá. Tão impossível quanto uma pressão popular para que isso aconteça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário