sábado, 2 de janeiro de 2010

Rali o quê?



Começou ontem o Paris-Dakar, rali interessantíssimo começado no fim dos anos 70 em que os competidores saíam da eterna e classuda Paris, atravessavam o imenso deserto do Sahara chegando a Dakar, capital do Senegal e uma das mais belas cidades africanas. O rali é tão sedutor quanto perigoso e arriscado. Muita gente perdeu a vida nesse enduro que, por conta da segurança, teve seu trajeto remodelado ao sabor dos anos, inclusive deixando de ser realizado em 2008. Por passar em regiões isoladas, várias ameaças de grupos ligados ao terrorismo foram feitas, o que fez com que a organização tomasse difíceis (e caros) remanejamentos. A solução final tomada em 2009 foi o ápice da globalização mandraque. O nome Paris-Dakar permanece, mas agora a prova é realizada na América do Sul saindo do Chile e terminando em Buenos Aires. Pelo segundo ano consecutivo, o Paris-Dakar seguirá o mesmo trajeto atraindo olhares dos fãs do esporte. Da minha parte, confessor que admiro esses caras que se metem num carro ou numa moto e saem a cruzar esse mundão de meu Deus em busca de aventura e, claro, glória e dinheiro. E vitória. Lógico que onde a prova é disputada hoje são ambientes tão inóspitos quanto os originais e tão perigoso quanto. Com características todas próprias. Mas ainda acho que andar pela cordilheira dos Andes e solo pedregoso e baixas temperaturas não tem o mesmo charme que andar pelos confins da Mauritânia com o sol fervendo a 50 graus e tendo por público tuaregues e beduínos. Acho que deveriam mudar de nome.

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