
A Ferrari já deixou claro. Se ano que vem a FIA adotar a medida do teto orçamentário Criada unilateralmente, sem consultar as equipes, a Fórmula Um pode se considerar com uma equipe a menos. Mas não seria uma equipe a menos. Seria a Fórmula Um em si.
Das equipes grandes e clássicas da Fórmula Um, a Ferrai é hoje, mesmo sem o sucesso esperado nessa temporada, a mais emblemática da categoria. Não é exagero. A Lotus, dona do carro mais bonito de todos os tempos e que deu um título a Emerson Fittipaldi, fechou. A Brabham, por onde Nelson Piquet foi campeão, fechou. A Willians ainda existe, mas é segunda força. Mesmo equipes menores e tradicionais também não existem mais. Quem se lembra da Tyrrell? Da Ligier? Da Minardi? São todas equipes tradicionais que, campeãs ou não, sempre despertaram a simpatia do torcedor. Assim, restam, das grandes escuderias da F1, a McLaren, que levou Lewis Hamilton ao título, e a Ferrari.
É sabido que a FIA vem dirigindo com mão de ferro a categoria. Não é a primeira vez em que equipes e instituição batem de frente. Esta idéia do teto orçamentário desagradou manifestadamente todas as equipes uma vez que pretende criar uma divisão entre as mais ricas, com privilégios, e as mais pobres, sem. Seriam duas competições numa só. Até aqui, só a Ferrari, mais do que se declarar contra, anunciou represália caso isso se mantiver.
Já está na hora das equipes e dos construtores se unirem numa espécie de liga independente da Fórmula Um e criar uma categoria em que elas definissem as regras. Algo parecido já aconteceu nos EUA com a Fórmula Indy. Devido a desentendimentos, em 1996, Tony George, dono do circuito de Indianápolis e da prova mais tradicional do automobilismo ianque, rompeu com a CART, a antiga detentora da marca. George criou a IRL, levou alguns dos pilotos da outra categoria de governo da CART, que passou a se chamar Champ Car. Ou seja, uma cisão nas atuais circunstâncias,
A Ferrari tem um queijo na mão. Se a FIA não abrandar o tom, a equipe de Maranello forja uma faca facinho, facinho. E aí vamos ver quem durará.
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