
Ontem, eu conversava com uma amiga minha, moça esbelta, mas magra de ruim. Não aquela magreza anoréxica que se insiste em achar bonito, mas uma moça bonita fisicamente. E falávamos justamente sobre beleza. Sobre como hoje as mulheres, para serem bonitas, precisam praticamente abrir mão da saúde. Aí se vê essas mulheres pele e osso em que se contam costelas, mal tem enchimentos pra se notar. Coisa estranha. E falávamos, justamente, da Sophia Loren, musa dos anos 60, famosa pelas formas distribuídas. E da bela italiana, caímos na pintura de Renoir, o clássico quadro das Banhistas, que mostra um padrão de beleza vigente durante muito tempo, o da mulher recheada. É certo que nessa época a beleza da mulher corpulenta estava na possibilidade dela ser mãe de numerosa prole. O corpo mais robusto indicava fertilidade e moças assim seriam casadoiras
Foi na segunda metade do século XX que a mídia começou a exigir menos carnes e mais formas. Sophia Loren e Jayne Mansfield eram magras, mas de magreza aceitável, porém com belos contornos. Aos poucos isso foi desaparecendo. Surgiu uma Kate Moss, magra de cair na primeira brisa e outras tantas modelos e misses seguiram. Recentemente, uma candidata à Miss Austrália causou polêmica por ser extremamente magra e sua participação no concurso foi discutida. No fim das contas, a moça não ganhou.
Nesse ponto concordo com minha amiga. Nada mais belo que um bonito corpo saudável. Seja ela uma fartura corada e sadia ou uma esguiez proporcional ao conjunto, a beleza está em se encantar com algo que nos inspire o bom cuidado com o próprio corpo e a preocupação com o estar bem acima das regras impostas para se obter uma beleza artificial.
Sophia Loren e Jayne Mansfield
Nenhum comentário:
Postar um comentário