
No programa do Devid Letterman, o Jô Soares dos ianques, o ator Robin Willians disse que a cidade do Rio de Janeiro só conseguiu as Olimpíadas por ter usado strippers e cocaína. Uma postura de mal perdedor, primeiro, mas extremamente cretina. Não vou cair pro lado que ouvi de várias pessoas dizendo que Willians é drogado. Se ele for usuário de cocaína, o problema é exclusivamente dele. Mas a coisa ficou de uma forma que um abstêmio acusasse um devasso.
Se for assim, vejamos. Putaria e drogas são exclusividades do Brasil? Certamente, não. O Brasil tem muitos usuários de drogas? Tem. É caminho para o tráfico e venda delas? Sim. Mas e o mercado final, qual é? Os EUA e a Europa. Os EUA são, hoje, os maiores consumidores de cocaína do mundo. Ou seja, o pó não é exclusividade nossa. E se essa fosse a moeda de troca, certamente, os EUA teriam como cobrir – e bem coberta – nossa oferta.
Sobram as strippers. É fato que o Brasil é um paraíso sexual e que gente do mundo todo vem pra cá atrás de nossas mulatas e de nossas meninas, mas esses vêm na moita com indicações certas e subterrâneas. O Brasil é uma Sodoma, então? Pra quem quiser e se interessar, sim. Mas, nos dias de hoje, sacanagem é encontrada em qualquer lugar do mundo. E qual um dos principais irradiadores dela? Qual o país com mais filmes pornográficos vendidos e produzidos? Qual hospeda o maior número de sites, pagos e gratuitos, de putaria? De onde veio o termo stripper? Temos o carnaval cheio de mulher pelada, é verdade, mas em qualquer lugar nos EUA não é difícil ver um pujante par de peitos nus. Basta ir ao lugar certo ou encontrar a mulher certa, o que não é exclusividade dos ianques também, mas é de onde emana as modas.
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