
Vem com essa história de omelete que eu te mostro que vai ficar estrelado!
Aqui se brinca, mas fala muito sério também! E sobre tudo!
O Mico dessa semana fica com o presidente do Palmeiras, não pelo que ele fez, mas pelo exemplo que passou. É sabido que na semana que passou, o economista e agora cartola Luiz Gonzaga Belluzzo foi filmado numa festa na quadra da torcida Mancha Alviverde, uma das mais violentas do Brasil. E num dado momento, fala em “matar os bambis”. A interpretação disso, dê quem quiser a que lhe for mais conveniente. Por mais que “matar” seja apenas uma expressão de “ganhar”, “vencer”, dá margem a outras muito piores. E isso, num antro de marginais que é uma torcida organizada (não a do Palmeiras, mas todas, esconderijos de marginais), pega muito mal. Erro do cartola Belluzzo em estar numa festa dessa turma? A princípio, sim, mas numa análise ampla, não. É claro que, como presidente de um clube tradicional e uma equipe de futebol de história, não faz muito bem que ele estivesse lá. Não vejo com bons olhos dirigentes, jogadores, quem quer que seja que esteja dentro das entranhas do clube se misturar com – vá lá – torcida. Dá uma impressão muito clara de troca de favores. E não cai bem que um sujeito do calibre do Belluzzo, economista renomado, professor universitário e gente de reputação ilibada se misturar com arruaceiros. Ok, da vida íntima cada um cuida da sua e o presidente poderia estar na festa da Mancha Alviverde não como o economista ou o cartola, mas como o torcedor Belluzzo. Mas é difícil dissociar este daqueles. Não condeno, assim, o Belluzzo por ter ido a essa festa, se bem que era melhor que não o fizesse, e nem pela brincadeira, ainda que grosseira, o ambiente permitia isso. Mas lhe faltou um traquejo, uma vivência de que, nos dias de hoje em que se topa com fotógrafos ou cinegrafistas amadores, mas mexeriqueiros quase profissionais em cada esquina, poderia haver mais discrição. E à brincadeira, de muito mau gosto, mas totalmente permitida, nosso Belluzzo poderia ficar de fora.
Último fim de semana do mês, noite chuvosa, sábado modorrento. O clima um tanto nostálgico pede um Som na Caixa extra. E nada cai mais como uma luva no dia de hoje do que o excelente clipe de November Rain, grande sucesso dos Guns n’ Roses, ícone dos anos 90. Esse piano do Axl embalou muita festinha.
Juro que eu tento não fazer piada com são-paulino, mas o problema é que alguns deles, simplesmente não ajudam! Como esse moço aqui:
Encontrar o time do São Paulo foi um momento mágico! diria um amigo meu, não por acaso, são-paulino.
Conhece o Treta?
Sobre o show do AC/DC de ontem
Coisa estranha esse problema da moratória
Quem gosta de dar algumas tacadas em beisebol, uma boa dica é o Pinch Hitter, que simula justamente isso. Você é o molequinho que começa jogando num beco e termina num estádio da MLB. Mas pra isso, é preciso vencer cada uma das fases. Joguinho viciante e divertido.
Tem gente que marca seu nome na história, gente que vira sinônimo de competência naquilo que faz. Luciano do Valle é um desses. Durante anos e anos, o velho Bolacha foi o melhor narrador do Brasil, não só de futebol, mas de diversos eventos esportivos. O problema é quando a pessoa, mesmo de competência provada e comprovada, não sabe a hora de parar. E aí acontece algo assim:
Se ele começar a falar Bem Amigos, tudo o que escrevi acima perde o valor.
Estranho esse fuzurê todo que fizeram em cima do América ao ganhar a Série B, a segunda divisão do campeonato carioca. É sabido que o América equivale, mais ou menos, ao que é a Portuguesa ou o Juventus da Mooca aqui
Ah, sim, e outra coisa! A despeito do que o ex técnico do América, atual auxiliar da Seleção e protestante Jorginho queria, o mascote do Ameriquinha é o Diabo e não o Dragão. Ou ele não sabe que, em várias mitologias e idiomas, o sentido de ambos é o mesmo?
É muito legal ver quando alguém concorda com você naquilo que 90% do mundo discorda. Fica a gostosa impressão de que você não é o único maluco no mundo ou reforça que você é um dos poucos sensatos num mar de loucura.Muito antes de me conscientizar como esquerdista e simpático ao regime soviético, ainda moleque, eu achava o Lada um carro lindo, pra desgosto do meu pai. Passou-se o tempo e descobri o blogue do Flavio Gomes, jornalista da ESPN que conhece tudo e mais um pouco de automobilismo e autos
iG: Há muita gente não gosta do Lada, por que você o considera tão bom?
Flavio: Muita gente não gosta porque não sabe do que se trata e enxerga automóvel como ferramenta de exibicionismo. A Lada é uma das maiores montadoras do mundo. Seus carros da década de 1990, os que foram exportados para o Brasil, não têm todos os confortos dos descartáveis de hoje em dia, mas têm história. São o retrato de uma potência que não existe mais, a URSS, e só esse aspecto histórico para mim é o bastante para admirá-los e respeitá-los.
Além do mais, são carros robustos, resistentes, de custo de manutenção baixo. E você dirige e sabe tudo que está acontecendo nele. Vejo muito preconceito contra carros que não se encaixam no perfil "trio elétrico, prata ou preto, isulfilm, rodas de liga leve, faróis e lanternas enormes". O Niva é um dos jipes mais eficientes do mundo. O Laika (nome adotado para o mercado brasileiro) e sua versão perua custavam muito pouco, tinham um preço justo para o que ofereciam. Hoje se paga muito por carros sem identidade e parecidos uns com os outros. Tudo é motivo para aumentar o preço: para-choque na cor do carro, desembaçador traseiro, ar quente, essas coisas para pegar otários. Sou mais meus Ladas do que qualquer carro brasileiro novo.
Bingo!
Você se lembra (ou chegou a conhecer) do desenho do Capitão Planeta? Cinco jovens tinham anéis com poderes. Kwami, o africano, era responsável pela terra, Wheeler, o ianque, comandava o fogo, Linka, a russa, tinha por elemento o vento; Gi, a asiática,a água, e Ma-Ti, sul americano, era o coração. Eles combatiam vilões que colocassem em risco o meio ambiente, a fauna e a natureza. Quando ativavam os seus poderes ao mesmo tempo após os brados: Terra, Vento, Fogo, Água, Coração vinha o famoso bordão: Pela união dos seus poderes, eu sou o Capitão Planeta. Pois é, o desenho é dos anos 90...
Isso é o que pode se chamar de efeito estufa!
Dando um tempo nos idiotas, vai aí uma bela cena de fé. Milhões de peregrinos começam a chegar a Meca, o Vaticano do Islamismo. A peregrinação á cidade do profeta Maomé é um dos cinco pilares da religião. Segundo a Veja, é o maior encontro de terroristas do mundo.
Ainda na onda da Geysa Arruda, depois da loirinha participar do Casseta e Planeta terça feira passada, ontem, ela deu o ar da graça no CQC participando do quiz sobre cultura geral do programa. A moça pode lá ser o que for, mas provou o quanto é bom o nível dos alunos da Uniban. Antes que falem, especificamente dela, é preciso saber que, apesar da infra-estrutura, instituição é a décima sexta pior do Brasil. Calcula o vestibular deles como deve ser.
Mas ninguém mora lá. Por que é tão grande?
Pensem nisso nas próximas duas horas.
Não quero ficar teorizando sobre a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, sobre a qual já falei das outras vezes em que o barbudo deles viria visitar o nosso. Muito bem, ontem o encontro entre ambos se deu. Os protestos também. Gente que se posicionava contra o Irã, sobretudo, por duas razões: Uma a negação do Holocausto por Ahmadinejad e outra os testes iranianos com armas nucleares. Da minha parte, sigo um preceito da Constituição brasileira, a autodeterminação dos povos, segundo o qual o Brasil não dá pitaco em casa dos outros. Se recebemos o Bush e abrigamos o Stroessner, nada mais coerente que receber um presidente falastrão.
Sobre a idéia do iraniano de que não houve o Holocausto, ela é tão absurda quanto negar o evolucionismo. É preciso ser intelectualmente cego pra perceber isso. O Holocausto aconteceu tanto que Belsen e Auschwitz estão aí pra provar. O que se lamenta é que morreram os judeus errados. Gente como Netaniyahu e Ariel Sharon, tão despóticos quanto Hitler ou até o próprio Ahmadinejad, são vivos e ocupam ou ocuparam o cargo máximo de Israel. O Likud também está vivo, infelizmente, bem como suas idéias segregacionistas, anti-árabes e ultraconservadoras. E o Brasil abriu as portas tanto para os israelenses quanto para os iranianos, faltando, claro, a coerência dos revoltadinhos abastecidos pelo Jornal Nacional em se indignar com a matança do exército de Israel contra os palestinos e o muro que se constrói na Faixa de Gaza.
Sobre os testes nucleares do Irã, esse assunto merece uma atenção maior. Lógico que não se espera que nenhum mandatário soberano use armas nucleares para destruir outro país, o que é condenável. E isso me faz lembrar o único homem realmente macho que houve nesse mundo pra enfrentar tal assunto. E ele é brasileiro. Trata-se de José Maurício Bustani e foi diretor-geral da Opaq, o braço da ONU que trata do controle de armas químicas. Bustani resolveu conferir as tais armas químicas que o Iraque teria, só que resolveu mexer num vespeiro: mandar os EUA abrir também as suas próprias armas químicas, o que não foi feito. Mais que isso, o governo dos Estados Unidos pressionou pela saída do insolente Bustani. Seu substituto, pau mandado, foi de um silêncio constrangedor e, graças às armas químicas, que nunca existiram, os EUA fazem o que fazem no Iraque até hoje.
Assim, vamos admitir, sim, que o programa nuclear iraniano seja voltado para fins bélicos. Israel também tem armas atômicas. E pesadas! Os EUA ainda têm um arsenal nuclear capaz de destruir o mundo um tanto de vezes. Mas, em momento algum, os indignadinhos alimentados pelo Jornal nacional protestaram quando o presidente de Israel Shimon Peres esteve
Fica, nessa história toda, a nítida impressão do momento antiislamita que o mundo vive e o Brasil, sob influência de sua mídia judaico-cristã, entra cegamente. Que israelenses e estadunidenses tenham armas químicas e nucleares – e as usem sem qualquer segredo, como faz Israel – isso não é problema nenhum. Que um muçulmano as possua, é algo para se preocupar. Netaniyahu é declaradamente contrário aos direitos dos palestinos. Pena que ele não tenha um Holocausto muçulmano para negar, como o faz Ahmadinejad. Se o houvesse, faria sem qualquer vergonha. E a imprensa, sobretudo a brasileira, venderia essa história. E os indignadinhos de ontem acreditariam sem questionamento.