terça-feira, 17 de novembro de 2009

Direto do deserto

Hoje tem jogo do Brasil, o último do ano e o penúltimo antes de Copa. Depois de um amistoso que deveria ser mais interessante contra um time B da Inglaterra, nossa seleção enfrenta a portentosa seleção de Omã, um país na entrada do Golfo Pérsico. Por quê? Para festejar o aniversário do sultão local. Futebolisticamente falando, não é desafio nenhum, mas o que esperar de uma equipe cuja mantenedora, a CBF, é um verdadeiro balcão de negócios topando vender a seleção para clássicos como este ou um jogo como o contra a Estônia, em agosto?


Mas vale deixa informado o leitor sobre nosso adversário. Quase todos os jogadores omanitas jogam ou no próprio país ou em ligas vizinhas como Arábia Saudita e Kuwait. O atleta com um pouco mais de cancha internacional é o goleiro Al-Habsi, que joga no Bolton, da Inglaterra. O time é, mais ou menos, o Náutico da terra da rainha transitando entre a zona de descenso e o meião da tabela. Ainda há um outro atleta, Al-Hosni, que joga no Charleroi da Bélgica, que não é uma das primeiras ligas européias. Os outros, como foi dito, atuam em Omã mesmo ou noutras ligas do Golfo.


A idéia desse jogo é clara: Dólares para o bolso da entidade-mor do futebol brasileiro. Tecnicamente, Dunga poderá usar a partida para fazer alguns ajustes e testar alguns nomes. Michel Bastos agradou contra a Inglaterra e pode compor elenco. Alguns reservas não aproveitados na partida em Doha (sim, o jogo contra os ingleses foi em Doha) serão escalados. Nada mais que um treino de luxo para festejar os anos do senhor sultão, que pode pagar muito bem para ver in loco uma pelada de alto nível. Incômodo que a seleção se preste a esse papel.

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