terça-feira, 10 de novembro de 2009

Dizem que ela existe pra ajudar...

Assis é uma cidade que fica perto de Prudente e sempre teve uns costumes meio absurdos, umas inovações um tanto polêmicas só pra aparecer no mapa. Uma delas foi uma lei que visa prender “pessoas em condições aptas a trabalhar e que não o estejam fazendo”. Para ver de perto uma lei tão estúpida, o CQC mandou para Assis o Danilo Gentilli e deu o que deu nesse vídeo abaixo.




Acho que não tem nada mais representativo da nossa classe mérdia média que isso. Sujeito que se veste de forma mais despojada, é cabeludo (quase sempre usa dreads) e tem uma filosofia de vida alternativa é tachado na lata de vagabundo, presa preferida de uma polícia truculenta e de psicopatas como os “otoridades” que prenderam, bateram e desrespeitaram o Danilo. Não que ele seja um santo. Ele é tão reaça quanto nossa classe média. Mas mesmo que fosse um mendingo, um indigente, seja lá quem fosse, é assim que deve se tratar uma pessoa? Na base da porrada? O mundo comporta todo tipo de gente. Desde os endinheirados até os miseráveis; desde os workaholics até os ociosos por opção. Alguém explicou para os legisladores de Assis que essa lei é, antes de tudo, inconstitucional por ferir frontalmente o ir-e-vir garantido pelo artigo 5º? E alguém mais culto pode explicar para essa turma de brucutus fardados que a lei, além de tantos, prenderia, se vivo fosse, o homem que empresta o nome à cidade? É, meu xará, gente como você, que prefere viver na simplicidade, para os edis e para a polícia de Assis, é tudo bandido, é tudo vagabundo. Enfim, essa é a polícia, o poodle da elite e da classe média que vira pitbull contra as classes mais baixas.


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