
Fim de uma era com o fechamento do Parque da Mônica no Shopping Eldorado,
Conheci o Parque da Mônica por fora quando morei
As poucas coisas que sei do parque do Mônica eu soube por intermédio de pessoas que foram lá seja coordenando excursões, levando os filhos ou mesmo visitando e por depoimentos de pessoas fãs da turma da Mônica na comunidade do Orkut. Impensável para um marmanjo que, á época beirava os trinta anos, brincar nos brinquedos, mas que o lugar despertava uma certa nostalgia, isso é inegável.
Mauricio de Sousa é um cara que eu admiro e, de verdade, gostaria de lhe dar um abraço. Certa vez, numa entrevista no finado e interessante programa de entrevistas do João Gordo na MTV, a reverência que o roqueiro fez ao desenhista foi emocionante. Talvez eu fizesse o mesmo. Maurício é um cara que construiu a infância de várias gerações, a minha inclusive, trazendo fantasia e evoluindo com o tempo. Hoje não me agradam as histórias dos gibis da Mônica por serem certinhas demais e eu vir de uma época orgulhosamente politicamente incorreta. Conflito de gerações cristalino, mas entendo a necessidade só questiono o exagero.
Como todo grande desenhista e vivendo numa época em que tudo se transforma em produto e todo produto converte (ou deve se converter) em receita, Maurício soube capitalizar desde sempre a marca Turma da Mônica. Quem for mais velho vai se lembrar da propaganda do extrato de tomate Elefante, cujo garoto propaganda, Jotalhão, é estrela desde os anos 60 pela extinta Cica. Daí para brinquedos e outros produtos com a marca foi um pulo, desembocando no Parque da Mônica inaugurado em 1993 e acabando hoje. Há negociações para que o parque abra em um novo local. Que sejam frutíferas, e que este fechamento seja só uma pausa, pois é uma opção de lazer imprescindível para crianças mais e mais apegadas a computadores e de vida on-line cada vez mais incrustada.
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