quarta-feira, 8 de abril de 2009

You wanted the best...


E ainda ontem teve show do Kiss em São Paulo. A banda mascarada arrastou 38 mil fãs para o Anhembi para mais uma apresentação da turnê que celebra 35 anos de uma das carreiras mais celebradas e mais rentáveis do rock.

Pessoalmente, com todo o respeito e admiração que tenho pelo Kiss, banda com quem aprendi a dar vazão ao meu gosto por rock, era um show que não me apeteceria ir, a princípio. Pensando melhor, eu até poderia ir para ver ao vivo um grupo que me agrada. E que certamente não cobra barato pelos seus shows.

Tem seus motivos. Além da música alto estilo, o Kiss consegue aliar tecnologia com performances que beiram o circense. E tome luzes, fogos, integrantes voando e o já lendário sangue vomitado pelo baixista, vocalista e linguarudo Gene Simmons. Nesse aspecto, não há mesmo banda pro Kiss, que consegue unir música e diversão despretensiosa.

O que me desagrada no atual Kiss é a formação. Ok, todo mundo sabe que a coluna cervical da banda sempre foram Gene Simmons e Paul Stanley enquanto uma guitarra e a bateria sofreram rodízio. Mesmo assim, sabendo que Eric Singer é muito melhor baterista que o original Peter Criss, que deve estar jogando damas com Charlie Watts no Asilo do Rock, e Eric Carr era tão bom guitarrista quanto Ace Frehley e que Tommy Thayer cumpre direitinho o papel, nada é tão bom quanto ouvir sua banda predileta na formação original. O nome Kiss está lá, a alma do grupo permanece a mesma e é forte o bastante pra carregar apaixonados pra vê-los, mas não me agradaria ver os Stones, por exemplo, sem o Charlie Watts nem o Ron Wood. Para a maioria dos fãs do Kiss, isso não importa. Ainda bem.

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