quarta-feira, 8 de abril de 2009

Acabou!

Finalmente acabou esse lixo que é o BBB e que sobrevive neste País graças à imposição viciante que a Globo nos empurra essa droga. Mais uma vez, durante três meses, doze completos desocupados ficaram confinados numa casa onde se tem tudo do bom e do melhor armando a melhor forma pra passar a perna um no outro para se conseguir uma dinheirama, um milhão de reais.

Não consigo acreditar que haja quem ainda procure o BBB, não como uma forma diversão, o que nem isso chega a ser, mas como algo de estudo, um tema pra sociologia. Peraí, pessoal, o que esse programa pode ter de sociológico? O interesse e a avidez pelo dinheiro oferecido? Talvez. A que nível chega o homem pra conseguir um quantum que pode lhe fazer mudar de vida, pagar seus maiores, inconfessáveis e inalcançáveis sonhos. Mostra o quanto uma pessoa pode ter duas caras, jurar amizade, amor e chamar de jogo o que pode ser um relacionamento? Sinceramente, não pode haver jogo entre pessoas. O BBB nada mais é do que uma grande farsa.

Como disse, o BBB não serve pra objeto de estudo sociológico uma vez que aquele amontoado está longe de representar uma célula social. São pessoas todas bem nascidas, bem moldadas. Não há ali uma pessoa que passe necessidade, uma história realmente marcante de vida. Só modelos artificiais, artistas fracassados e pessoas sem qualquer empatia que seqüentes edições a bel-prazer da “nave-mãe” são feitas pra favorecer os escolhidos da cúpula. Por dois anos seguidos, venceram pessoas “normais”. Qual a solução encontrada? Não deixar que elas participassem mais. Povo enfeia a TV, não tem silicone, não tem charme, não é bonito. Corre-se o risco de, mesmo de forma prosaica e simplória, haver pensamentos articulados. Perigo diante da proposta alienante que tem o programa. Nenhuma das vencedoras “populares” (duas mulheres) posou pra Playboy. É um investimento perdido. Povo só serve pra nos dar dinheiro e torcer. Não pra participar.

Não sei quem ganhou o BBB ontem. Pouco importa. Minha vida não mudará por isso. Torcer por alguém ali? Tenho uma vida pra cuidar e não posso me preocupar com um bando de desmiolados armando tramóias. Mas, pelo menos, acabou. Teremos mais oito meses pra pensar em outra coisa. Outras imbecilidades virão. Novelas aparecerão, modas despontarão e culturas milenares serão estereotipadas por autoras medíocres. Pelo menos, não teremos mais que agüentar o Pedro Bial, intelectual das Unifupis da vida, poeta de boteco e uma pessoa desprovida de qualquer talento, com sua cara redonda chamando pra dar uma espiadinha.



Vai dar espiadinha na puta que te pariu!


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