sábado, 4 de abril de 2009

It´s a real controversy?



Vejam esse vídeo em que esse simpático garotinho está voltando do dentista com seu pai e está sedado por uma anestesia para extrair um dente. Nessa condição, o menino pergunta ao seu pai em meio a conversa se esta é a vida real (is this real life?). Muito bem, o vídeo foi um sucesso no You Tube e recebeu várias versões mais cômicas. E assim como o vídeo cativou muitos, enfureceu outros tantos.

Houve muitas críticas condenando o pai por expor o filho sob efeito de drogas e por faturar com isso. Pouco depois, o pai, que alega ter colocado o vídeo no You Tube por não suprir a demanda de pedidos das pessoas (certamente amigos e família) pelo filme, resolveu vender camisetas com as frases que o filho disse, coisas como “por que isso está acontecendo comigo?”, “vai ser pra sempre?” além da “esta é a vida real?”. Há uma crítica feroz em cima da comercialização do fato.

Talvez, a “venda” do menino merecesse uma crítica mais severa, se não fosse o fato de ser uma das tantas modinhas que empesteiam os EUA e não duram um mês. Mas criticar o pai por mostrar uma conversa com seu filho é demais. Percebe-se claramente que o entorpecimento incomoda o menino e o pai procura, de alguma forma, acalmá-lo. É uma cena cotidiana como o pai que leva o filho pra comprar pizza ou a mãe que leva o filho pro parque e na volta, eles conversam e o menino, na peculiar espontaneidade infantil, solta uma pérola que todo mundo acha engraçado. Gracinhas assim, minhas priminhas mais novas já fizeram aos montes, mas nunca tive a sorte de filmar e fazer uma coletânea. Quanto a colocar no You Tube, a justificativa do pai é pertinente. É muito mais fácil você disponibilizar um vídeo na maior televisão do mundo (acreditem, o You Tube, ainda vai provocar um desfalque nas TVs abertas de todo mundo) do que ficar mandando email pra uma turma enorme. Não vejo, mesmo, onde está o problema em se mostrar o filho, ainda que sedado (por uma anestesia, há uma turma de bananas que disse ser uma apologia aos entorpecentes), para os amigos e os tios. Lógico que há o contrapeso disso se tornar um sucesso. Quantas histórias das minhas priminhas já contei para amigos que nunca as viram na vida. O You Tube apenas permite divulgar isso. E isso pode explodir.

As pessoas deveriam ser menos duras com as crianças e com os pais que se agradam em exibir seus filhos e baixar esse policiamento ostensivo procurando pelo em ovo. O menino, certamente, já saiu do torpor da anestesia e até ele mesmo deve ter rido de si e de tudo o que disse. E, não fosse a polêmica vazia levantada sobre o tema, os pais já teriam esquecido o assunto. Só falta agora o pelotão dos bons costumes querer cassar o dentista por ter anestesiado o menino.

Por favor...


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