segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

54 a 46



E o tal do Hugo Chavez teve aprovação de pouco mais de meia Venezuela pra ser reeleito quantas vezes lhe der na telha. Por um lado é bom, por outro não.
O lado bom é que Chávez, definitivamente, cala a boca dos opositores e da imbecilidade geral que insiste em chamá-lo de ditador. Oras, ditadores não põem em votação uma emenda. Simplesmente a outorga e borracha em quem achar ruim. Há, ainda, a possibilidade de eleições mandraques como eram as do Iraque, por exemplo, em que torno de 98% da população referendava o líder mandatário. Chávez, por sua vez, ouviu um sonoro NÃO de cerca de 46% dos venezuelanos. Ou seja, Chávez é presidente, mas não é nada absoluto como num vizinho meridional em que o presidente tem aprovação de 84% do povo.
O lado ruim é a falta de novos ares naquilo que se convencionou chamar democracia. Chávez governa a Venezuela desde 1999. Ou seja, há dez anos ele manda no país. Aprovado pelo povo, odiado pelas elites, claro. Mas Chávez é maioria e esta eleição mostrou isso. Porém, a falta de gente nova pode tornar o país um tanto monótono politicamente. De Kennedy a Bush Jr., Fidel Castro, por exemplo, embicou o governo dos EUA. Foram mais de 40 anos no comando da Ilha. Uma geração de cubanos vê tardiamente a sucessão em família. É necessária, às vezes, uma lufada de ar nas cadeiras máximas de cada país.
Por outro lado, se é pra ser, como é, por exemplo, em São Paulo em que desde 1994 tivemos três governadores e todos eles governando da mesma forma desastrosa, é melhor um Hugo Chávez, que governe pro povo por anos e anos. A população agradece e o país só tem a crescer.

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